Se você achou que já tinha visto fogo suficiente em Westeros, é melhor rever seus conceitos. A terceira temporada de A Casa do Dragão promete ser não só maior, como explosiva de verdade. O próprio Ryan Condal, showrunner da série, soltou que a próxima leva de episódios será ainda “huger”, ou seja, mais grandiosa, mais intensa e, claro, mais mortal.
E por que tanto alarde? Porque Condal deixou escapar que quatro grandes eventos dos livros de Fogo e Sangue estão a caminho. E não são quaisquer momentos: são sequências com batalhas colossais, traições dolorosas, mortes que vão abalar o emocional do fã raiz e, claro, dragões para todos os gostos.
1. Batalha do Goela: o episódio que vai abrir a temporada com tudo (inclusive dragões)
Se você achou que faltou uma “batalha digna de Game of Thrones” no final da segunda temporada, você não está maluco. A batalha do Goela estava nos planos originais, mas foi cortada quando a temporada foi reduzida de 10 para 8 episódios. Resultado? A gente ficou só na promessa… até agora.
A boa notícia é que a batalha foi empurrada para a terceira temporada e deve abrir os trabalhos com o pé na porta. O confronto, nos livros, acontece quando uma frota da Tríade tenta quebrar o bloqueio dos Velaryon entre Pedra do Dragão e Porto Real. No meio disso tudo, estão Aegon e Viserys, filhos de Rhaenyra, em uma viagem até Pentos, e é claro que tudo dá errado.
Cinco dragões entram em cena: Jacaerys com Vermax, Hugh o Martelo com Vermithor, Ulf o Branco com Silverwing, Addam de Hull com Fumaresia e Rhaena (no lugar da Nettles dos livros) com seu dragão. Do outro lado, 90 navios de guerra prontos para o caos. Resultado? Uma das maiores batalhas navais da história de Westeros. Vai ter fogo, vai ter gritaria, e sim, vai ter morte marcante. Se você se apega fácil a personagens, já pode preparar o lencinho.
2. Queda de Porto Real: Rhaenyra no trono, mas o drama está só começando
A tomada de Porto Real por Rhaenyra é inevitável, e agora tem tudo para acontecer em grande estilo. Na série, Alicent propôs um acordo bem generoso: a cidade seria entregue desde que Helaena e Daeron fossem poupados. Parece tranquilo, né? Só que estamos falando de A Casa do Dragão, onde nada é simples e ninguém sorri de verdade.
Nos livros, Rhaenyra e Daemon chegam montados em seus dragões (Syrax e Caraxes, respectivamente), sobrevoando a cidade como uma sombra ameaçadora. A frota Velaryon chega pelo mar, e até a Patrulha da Cidade muda de lado, jurando lealdade aos Targaryen de preto. Com Criston Cole e Aemond longe da cidade, a resistência é quase nula. Mas nem tudo são flores: Rhaenyra se senta no Trono de Ferro, que a corta como uma rejeição silenciosa. Westeros nunca gostou muito de rainhas.
Em A Casa do Dragão, o rei Aegon II foge antes da chegada de Rhaenyra, o que deve deixar um gosto amargo nessa conquista. Prepare-se para um episódio cheio de tensão, sangue escondido debaixo do tapete e talvez até algumas explosões emocionais da própria Rhaenyra. Emma D’Arcy já disse que quer mais ação para sua personagem, e esse pode ser o momento perfeito.
3. Butcher’s Ball: Criston Cole e seu caminho glorioso até… flechas no peito
Com um nome desses, você já sabe que a coisa vai ser feia. A “Butcher’s Ball” (ou Baile do Açougueiro, se quiser algo mais poético e sangrento) é um massacre mascarado de batalha. Criston Cole, com um exército em ruínas, marcha pelos rios do sul tentando se juntar aos aliados Hightower.
O problema é que os Negros estão mais preparados do que nunca. Com o apoio dos Winter Wolves enviados por Cregan Stark, eles usam táticas de guerrilha. Fingem estar mortos, escondem tropas e atacam com força brutal. Criston tenta render-se, propõe um duelo honrado (como se alguém ainda estivesse interessado nisso), mas é recebido com uma bela chuva de flechas. Adeus, cavaleiro do rei.
Essa sequência deve ser um prazer para quem já perdeu a paciência com Criston Cole, e sejamos sinceros, ele já estava pedindo um fim digno (ou nem tanto) desde a primeira temporada de A Casa do Dragão. Vai ser impactante, sangrento e, no mínimo, catártico.
4. A primeira batalha de Tumbleton: quando a traição vem do lado errado
A primeira batalha de Tumbleton começa como uma vitória dos Negros. Roderick Dustin mata Ormund Hightower, os soldados de Rhaenyra tomam vantagem, e tudo parece caminhar para o sucesso. Mas, é claro, alguém decide virar o jogo. Hugh o Martelo e Ulf o Branco, dois dos chamados “cavaleiros de dragão”, traem a causa e se juntam aos Verdes. E fazem isso com os dragões deles.
Tumbleton vira um campo de chamas e destruição. Nos livros, Hugh diz querer ser rei, o que não seria tão surpreendente, considerando o ego desses domadores de dragões. Em A Casa do Dragão, há indícios de que a traição será motivada por vingança pessoal, talvez pela morte da esposa de Hugh pelas mãos dos Negros. Em qualquer versão, o resultado é o mesmo: caos total, reviravolta de peso e um dos momentos mais imprevisíveis da temporada.
Esse episódio deve acontecer mais para o final da temporada, como uma preparação explosiva para o encerramento.
Daemon vs Aemond? Segura a ansiedade, isso ainda vai demorar
Agora vamos falar da cereja do bolo em A Casa do Dragão: o embate entre Daemon e Aemond. Todo mundo quer ver. Todo mundo espera. E vai ter… mas só na quarta temporada. A luta entre Caraxes e Vhagar, entre esses dois psicopatas com DNA real, é um dos momentos mais aguardados da história de Westeros. E não dá pra negar: seria desperdício jogar isso agora, com tanta coisa ainda acontecendo.
Condal parece querer guardar esse duelo épico para o fim da série, e faz todo o sentido. Nada como deixar o melhor para o gran finale. E convenhamos, Matt Smith merece um último ato que seja, no mínimo, inesquecível.
As duas temporadas de A Casa do Dragão estão disponíveis no Max.