Crítica

6 erros ridículos cometidos pela 5ª e última temporada de Yellowstone

Yellowstone caiu do cavalo: veja os erros que destruíram a série.

O fim de Yellowstone foi um desastre: 6 erros imperdoáveis
O fim de Yellowstone foi um desastre: 6 erros imperdoáveis

O que era para ser um ótimo final virou motivo de frustração entre os fãs de Yellowstone. Após cinco temporadas acompanhando disputas de terra, conflitos familiares intensos e personagens marcantes, a série simplesmente tropeçou na reta final. 

A quinta e última temporada errou feio em pontos cruciais, e alguns deslizes foram tão absurdos que é difícil entender como passaram pela sala dos roteiristas. A seguir, listamos 6 erros que tornaram a despedida da série um verdadeiro balde de água fria. 

Rip e Beth em Yellowstone
Rip e Beth em Yellowstone

6. Flashbacks confusos só atrapalharam

O uso de flashbacks é comum em séries complexas, mas Yellowstone exagerou na dose sem oferecer contexto. A temporada final intercala cenas do presente com momentos do passado abruptamente, confundindo quem assiste. O maior problema é que muitos desses trechos não contribuem para o avanço da trama, apenas preenchem espaço.

Exemplo claro disso são as cenas entre Rip e Beth no Texas. Em vez de aprofundar o relacionamento dos dois, essas cenas acabam se perdendo no tempo, literalmente, já que o espectador nunca sabe exatamente em que momento elas acontecem. O mesmo vale para o assassinato de John Dutton, mostrado de forma fragmentada e sem impacto emocional por conta da ausência de Kevin Costner.

Morte de Colby
Morte de Colby

5. Episódios finais parecem enrolação sem propósito

Depois de quatro temporadas densas e cheias de tensão, era de se esperar que a última fosse direta ao ponto. Mas não foi o caso. Vários episódios da quinta temporada parecem feitos para preencher tempo, com cenas que pouco ou nada acrescentam à trama principal.

A morte de Colby é um exemplo: ela deveria ser um momento marcante, mas é tratada como um acidente qualquer, sem consequências narrativas relevantes. Além disso, mesmo após a morte de um governador, não há repercussões políticas, sociais ou midiáticas. A série parece ignorar o peso de suas próprias decisões, como se nada tivesse importância.

Travis em Yellowstone
Travis em Yellowstone

4. Excesso de cenas de cowboys transforma a série em documentário rural

Sempre houve uma estética rústica em Yellowstone, mas na última temporada isso virou uma obsessão. O que antes eram momentos contemplativos se transformaram em uma sequência interminável de cowboys em câmera lenta, cavalos galopando e cenas bucólicas que não servem à história.

Travis, personagem interpretado pelo próprio criador Taylor Sheridan, parece ter sido colocado apenas para mostrar o estilo de vida cowboy em sua plenitude. São cenas bonitas, mas completamente fora de contexto, que desviam o foco daquilo que realmente importa: o fechamento dos arcos dramáticos.

Kelly Reilly vive Beth Dutton
Kelly Reilly vive Beth Dutton

3. Visões místicas forçadas tiram a credibilidade 

Beth e Kayce, de repente, ganham uma conexão sobrenatural com a morte de John Dutton. Kayce tem um pesadelo e Beth sente que algo ruim aconteceu, mesmo sem qualquer indício. Até aí, tudo bem se a série tivesse construído esse tipo de misticismo ao longo dos anos. Mas não foi o caso.

A introdução repentina desse elemento espiritual destoa completamente da proposta da série, que sempre foi calcada em conflitos reais, políticos e familiares. O resultado é uma sensação de novela mexicana, com emoções exageradas e situações inverossímeis.

Taylor Sheridan
Taylor Sheridan

2. Personagem de Taylor Sheridan é um erro de ego

Travis Wheatley, vivido por Taylor Sheridan, poderia ter sido apenas um coadjuvante interessante. Mas não foi isso que aconteceu. O personagem ganha destaque desproporcional na última temporada, com várias cenas que mais parecem uma tentativa de auto-homenagem do criador da série.

Ele aparece como um herói improvável, salvando o dia e humilhando personagens centrais como Beth. O problema é que Travis não tem profundidade, não evolui e não tem laços emocionais com os demais. Ele está ali apenas para se exibir, e isso é evidente demais para ser ignorado.

Wes Bentley em Yellowstone
Wes Bentley em Yellowstone

1. Personagens agem fora de lógica e perdem sua essência

A desconstrução dos personagens em Yellowstone foi tão mal feita que chega a ser triste. Beth, antes uma figura imponente e estratégica, termina a série como uma mera executora da vontade do pai. Kayce, que sempre teve dilemas internos complexos, aceita tudo com uma calma suspeita. Monica, que era ativista e acadêmica, vira fazendeira sem qualquer conflito.

O pior é Jamie, que passa de filho leal a vilão genérico em poucos episódios. Sua jornada é atropelada, incoerente e sem nuances. O mesmo vale para Tom Rainwater, que de inimigo estratégico vira uma espécie de aliado bonzinho. Parece que os roteiristas cansaram de escrever os personagens e decidiram encerrar tudo da forma mais fácil possível.

Yellowstone está disponível no Paramount+.

 

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