O fascínio por narrativas de investigação vai muito além dos crimes que movem a trama. São as mentes por trás das pistas, as motivações que desafiam a lógica e os dilemas morais que tornam cada caso mais do que um simples enigma a ser resolvido. Em Task, essa combinação entre mistério e análise humana foi essencial para prender o público até o último episódio.
Para quem terminou a série e ficou com vontade de continuar imerso nesse tipo de história, há produções que exploram o mesmo universo sob perspectivas distintas, seja no retrato de agentes obstinados, nas nuances psicológicas dos criminosos ou no impacto que a busca pela verdade tem na vida de quem investiga.
Duster (Max)
Lançada em julho de 2025, Duster apresentou uma proposta ousada ao ambientar sua trama no sudoeste dos Estados Unidos nos anos 1970. A série acompanha Nina Hayes, interpretada por Rachel Hilson, a primeira agente negra do FBI, em uma caçada implacável ao chefe de um sindicato do crime, Ezra Saxton (Keith David).
Elogiada pela crítica com 93% de aprovação no Rotten Tomatoes, a produção conta com uma estética retrô e uma atmosfera carregada de tensão. A série também se destacou pelo carisma de Jim Ellis (Josh Holloway), um motorista de fuga que se torna o improvável aliado de Hayes.
Fringe (Max)
Entre 2008 e 2013, Fringe conseguiu o feito de unir ficção científica e investigação policial sem se prender aos clichês de nenhum dos dois gêneros. Criada por J.J. Abrams, Alex Kurtzman e Roberto Orci, a série gira em torno da Divisão Fringe do FBI, formada por Olivia Dunham (Anna Torv), o excêntrico cientista Walter Bishop (John Noble) e seu filho Peter (Joshua Jackson).
O trio desvenda casos inexplicáveis que, pouco a pouco, revelam a existência de universos paralelos. A produção começa como um procedural clássico, mas logo evolui para uma trama complexa e emocional. É uma excelente pedida para quem gosta de teorias científicas, conspirações e relações humanas no limite entre razão e loucura.
Arquivo X (Disney+)
Nenhuma lista de séries investigativas estaria completa sem Arquivo X. Estreando em 1993 e com mais de duas décadas de história, a produção consagrou Fox Mulder (David Duchovny) e Dana Scully (Gillian Anderson) como uma das duplas mais icônicas da TV.
Os agentes do FBI enfrentam crimes ligados ao paranormal, equilibrando o ceticismo científico de Scully e a fé inabalável de Mulder no sobrenatural. O contraste entre suas visões da forma ao coração da série, que mistura tensão e um subtexto político sobre o poder e o controle da informação. Arquivo X foi pioneira ao tratar o FBI como uma instituição envolta em segredos, um elemento que ecoa até hoje em produções como Task.
Mindhunter (Netflix)
Baseada em fatos reais, Mindhunter transporta o espectador para o fim dos anos 1970, quando o FBI começou a estudar o comportamento de assassinos em série. Criada por Joe Penhall e produzida por David Fincher, a série acompanha Holden Ford (Jonathan Groff) e Bill Tench (Holt McCallany), agentes que entrevistam criminosos para criar o primeiro banco de perfis psicológicos da história.
Com uma fotografia fria e ritmo meticuloso, Mindhunter é menos sobre os crimes em si e mais sobre o impacto psicológico de compreendê-los. As conversas com figuras inspiradas em assassinos reais são perturbadoras e hipnotizantes.
Mesmo cancelada após duas temporadas à contra-gosto do público, a série permanece como uma das representações mais precisas e envolventes do trabalho investigativo.
Twin Peaks (MUBI)
Criada por David Lynch e Mark Frost, Twin Peaks é uma das séries mais ícônicas da televisão moderna. Quando o corpo de Laura Palmer é encontrado na pequena cidade que dá nome à série, o agente do FBI Dale Cooper (Kyle MacLachlan) é enviado para investigar e o que parecia um simples homicídio se transforma em uma experiência surreal e perturbadora.
Entre 1990 e 2017, a trama se expandiu em três temporadas e um filme, misturando o mistério policial com elementos sobrenaturais e simbólicos. Mais do que uma investigação, Twin Peaks explora o inconsciente coletivo e os segredos que uma comunidade esconde sob sua fachada pacata. É uma série que transcende o gênero, ideal para quem busca algo que desafie a lógica e a narrativa tradicional.
Para quem gosta de enigmas e personagens complexos
Essas produções mostram que o fascínio por investigações vai além do crime em si, e está ligado ao modo como cada história revela o lado obscuro das instituições e dos próprios agentes que as representam. De um cenário desértico nos anos 70 ao interior nebuloso de Twin Peaks, cada série oferece uma nova forma de decifrar o desconhecido.