Nas últimas duas décadas, personagens LGBTQ+ tornaram-se cada vez mais presentes na televisão, embora essa trajetória remonte a um passado mais distante do que muitos imaginam. Como escreve Shayna Maci Warner em A Era Arco-Íris da Televisão, o primeiro “personagem gay explicitamente identificado” surgiu já no episódio piloto de N.Y.P.D., em 1967. Anos depois, em 1972, o primeiro casal lésbico apareceu na série Os Audaciosos: Os Novos Médicos, embora o primeiro beijo entre duas mulheres só tenha acontecido em 1991, em um episódio de Lei & Ordem: Los Angeles.
Desde então, a representação queer evoluiu consideravelmente. No entanto, o relatório Where We Are on TV 2023–2024, da GLAAD, revelou uma redução recente no número de personagens LGBTQ+ na televisão. Apesar disso, muitas produções importantes centradas em narrativas queer permanecem disponíveis nas plataformas de streaming ainda que algumas tenham sido retiradas do catálogo, formando um acervo relevante e acessível para quem busca representatividade na telinha.
Com tantas opções disponíveis atualmente, escolher o que assistir pode ser uma tarefa desafiadora. Em especial neste Mês do Orgulho, ou em qualquer época do ano, o desejo de ver mais personagens queer e trans na TV cresce. Pensando nisso, elaboramos uma lista com algumas das melhores séries LGBTQ+ para você maratonar sem culpa. Prepare a pipoca, abra espaço na agenda e mergulhe nessas histórias diversas e inspiradoras.
Hoje, 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBTQ+, é a ocasião perfeita para celebrar a diversidade por meio da cultura pop. Com centenas de episódios disponíveis, as séries com representatividade queer seguem desempenhando um papel fundamental na promoção do respeito, da visibilidade e da empatia. Afinal, quando as telas refletem a pluralidade do mundo, todos ganham.
Vida
Um dos programas mais injustamente subestimados da última década, Vida merece estar no seu radar em junho e durante o ano inteiro. A série acompanha as irmãs Lyn (Melissa Barrera) e Emma (Mishel Prada), que retornam ao bairro de Boyle Heights, no East L.A., após a morte da mãe. A visita desencadeia revelações sobre a vida secreta e queer da matriarca e obriga as duas a confrontarem seu passado e suas próprias identidades.
Emma, a irmã mais velha, é uma profissional bem-sucedida em Chicago, com uma personalidade controladora e distante, o que a afasta da irmã e dos moradores da comunidade. Sua identidade queer não é um mero ponto de virada no enredo, mas parte integrante de sua existência. As cenas de sexo entre personagens queer são sensíveis e realistas, representando de forma autêntica uma variedade de mulheres queer e pessoas não binárias, com expressões de gênero diversas.
A série também se destaca ao incluir personagens raramente vistos na televisão, como Eddy (Ser Anzoategui), uma figura butch mais velha que oferece uma representação poderosa e pouco comum. Criada pela talentosa dramaturga Tanya Saracho, Vida mergulha nas complexidades da identidade mexicano-americana queer, explorando temas como gentrificação, pertencimento, laços familiares e luto.
Mais do que um drama, Vida é uma narrativa ousada, comovente e profundamente necessária. Uma obra que quebra estereótipos e amplia o espectro da representatividade na TV. Onde ver: Netflix.
Veneno
Lançada discretamente na HBO Max, Veneno é uma das séries mais poderosas e emocionantes dos últimos anos e é uma pena que tenha chegado à plataforma com tão pouco alarde. A produção espanhola narra a vida de Cristina Ortiz Rodríguez, mais conhecida como “La Veneno”, uma mulher trans que se tornou celebridade nos anos 1990 após ser entrevistada em um programa noturno sobre profissionais do sexo. Carismática e provocadora, ela conquistou o público e rapidamente se tornou presença constante na televisão espanhola.
Baseada no livro da jornalista Valeria Vegas, a série constrói uma narrativa envolvente e multifacetada sobre La Veneno. Interpretada por três atrizes trans Jedet, Daniela Santiago e Isabel Torres, em diferentes fases da vida, a personagem ganha profundidade ao transitar entre os fatos reais e o universo fantasioso que ela mesma criou. A série acompanha sua jornada desde a infância marcada por traumas até a fama nacional, sempre ressaltando como Cristina moldou sua identidade e imagem pública com coragem e intensidade.
Veneno, no entanto, vai além da biografia. A série também ilumina a força e a solidariedade da comunidade trans e queer que cerca Cristina, destacando a importância de vínculos afetivos, representatividade e pertencimento. Entre os destaques está Paca La Piraña, melhor amiga de La Veneno na vida real, que interpreta a si mesma com autenticidade e afeto, um gesto raro na televisão.
Com um elenco marcante, composto majoritariamente por atrizes trans vivendo personagens trans, Veneno se diferencia de outras narrativas LGBTQ+ ao rejeitar o clichê do isolamento. Ao longo de seus oito episódios, a série entrega uma homenagem poderosa à vivência trans, equilibrando drama, fantasia, humor e emoção com sensibilidade e impacto. Onde ver: Max.
Pose
Figura às vezes controversa, o magnata do entretenimento Ryan Murphy tem impressionantes 24 séries em seu currículo. Entre elas, Pose, exibida pelo FX, se destaca como uma de suas obras mais significativas em parte porque Murphy não era a única voz criativa no projeto. O co-criador Steven Canals já havia desenvolvido a série anos antes, e, com o apoio de Murphy e Brad Falchuk, o projeto finalmente ganhou vida e se tornou um sucesso inesperado.
Ambientada na Nova York dos anos 1980 e 1990, Pose mergulha na cena do ballroom — uma vibrante subcultura LGBTQ+ negra e latina, marcada por competições performáticas e pela criação das chamadas “Casas”, que funcionam como famílias escolhidas. A série faz história ao apresentar o maior elenco trans da televisão, com destaque para mulheres trans negras e latinas e homens gays, oferecendo uma representatividade raramente vista na TV.
Mais do que um marco histórico, Pose é uma produção excepcional. O elenco entrega atuações comoventes e potentes, enquanto o roteiro equilibra com maestria beleza e humor com momentos de dor e tensão. Temas complexos como a crise da AIDS, o trabalho sexual, a transfobia, a homofobia, a gentrificação e a importância da família encontrada são tratados com sensibilidade e profundidade, sem reduzir os personagens a estereótipos ou símbolos de sofrimento.
A autenticidade da série é fruto do envolvimento de profissionais LGBTQ+ tanto na frente quanto atrás das câmeras. Além de Canals, Murphy e Falchuk, Pose contou com nomes como Janet Mock e Our Lady J, que atuaram como roteiristas e produtoras executivas. Como disse Mock em entrevista à Billboard: “No mundo que estou escrevendo, essas mulheres são as heroínas que sempre esperei.” Onde ver: Disney+.
Heartstopper
O mercado de narrativas para jovens adultos (YA) vive um momento de forte expansão e, felizmente, parte dessa atenção tem sido direcionada a histórias queer e trans. Em 2018, Love, Simon conquistou o público com sua abordagem doce e acessível da adolescência gay, seguido por sua bem-sucedida série derivada, Love, Victor. Mas entre as produções mais amadas dos últimos anos está Heartstopper, um fenômeno que cativou fãs tanto em sua versão original em quadrinhos quanto na adaptação da Netflix.
Criada por Alice Oseman, a série acompanha um grupo de adolescentes queer e trans no Reino Unido. O protagonista é Charlie (Joe Locke), um estudante gay que ainda lida com o bullying escolar após ter sido revelado contra sua vontade. Charlie se apaixona por Nick (Kit Connor), um jogador popular de rúgbi que começa a descobrir sua bissexualidade. O círculo de amigos inclui Tao (William Gao), um cinéfilo obcecado; Isaac (Tobie Donovan), reservado e introspectivo; e Elle (Yasmin Finney), uma jovem trans que acabou de se transferir para uma escola feminina. Elle rapidamente se aproxima de Tara (Corinna Brown) e sua namorada Darcy (Kizzy Edgell), formando um grupo diverso e cativante.
Se parece uma representação LGBTQ+ cuidadosamente construída, é porque realmente é, mas Heartstopper nunca soa forçado, excessivamente didático ou sentimental demais. Ao contrário, a série conquista justamente por sua sinceridade e leveza, especialmente se comparada a séries adolescentes anteriores como Skins, que frequentemente mergulhavam em temas mais sombrios. Aqui, o foco está na descoberta, na amizade e na ternura do primeiro amor.
Assistir a esses personagens se encontrando e se aceitando é uma experiência emocional, que ressoa mesmo com quem deixou o ensino médio há anos. Heartstopper é uma carta de amor à juventude queer sensível, otimista e profundamente necessária. Um verdadeiro alívio em meio a tantas representações marcadas pelo sofrimento. Onde ver: Netflix.
Sense8
Quando se fala nas irmãs Wachowski, a primeira associação costuma ser Matrix e com razão. Mas, para muitos fãs, o projeto mais amado da dupla é sua ousada incursão na televisão. Lançada em 2015 pela Netflix, Sense8 é uma série visionária que condensa temas recorrentes na filmografia das Wachowski: identidade, conexão, liberdade e transformação. Com codireção de Lana e Lilly Wachowski ao lado de J. Michael Straczynski, a série propõe uma narrativa pós-corporal que rompe fronteiras físicas, emocionais e culturais.
Sense8 acompanha oito pessoas espalhadas pelo mundo desconhecidos que descobrem estar mental e emocionalmente interligados. Esses “sensates” podem acessar as habilidades, memórias e idiomas uns dos outros, criando uma teia única de interdependência e apoio mútuo. O grupo é composto por um motorista de van em Nairóbi, uma lutadora de kickboxing em Seul, uma mulher trans e hacker em São Francisco, um policial em Chicago, uma DJ islandesa em Londres, uma atriz de novelas no armário na Cidade do México, um arrombador de cofres em Berlim e uma farmacêutica em Mumbai.
Embora haja uma trama de conspiração envolvendo uma misteriosa corporação que persegue os sensates, o verdadeiro coração da série está nos laços entre os personagens. É fascinante ver como eles se conhecem inicialmente apenas dentro de suas próprias mentes e como compartilham habilidades e emoções para enfrentar seus desafios. Cada momento em que essas conexões são acionadas representa um triunfo da empatia e da colaboração sobre o isolamento e o medo.
Com personagens queer e trans retratados de maneira autêntica, especialmente a marcante Nomi Marks (Jamie Clayton), Sense8 tornou-se uma referência de representatividade e diversidade. Após o cancelamento abrupto pela Netflix após duas temporadas, a base de fãs permaneceu tão dedicada que conseguiu pressionar a plataforma a produzir um episódio final especial. Para muitos, Sense8 continua sendo uma carta de amor à humanidade em toda sua complexidade, dor e beleza compartilhada. Onde ver: Netflix.
Entrevista com o Vampiro
Você seria perdoado por pensar que Entrevista com o Vampiro tanto o romance de Anne Rice quanto sua adaptação cinematográfica de 1994 sempre foi abertamente gay. Afinal, ambas as versões transbordam subtexto homoerótico. Mas foi apenas com a adaptação da AMC, lançada em 2022, que esse subtexto finalmente se tornou texto. No centro da nova série está o romance torturado e apaixonado entre Louis (Jacob Anderson) e Lestat (Sam Reid), agora tratado com clareza e intensidade emocional.
Situada na Nova Orleans da década de 1910, a série reinventa Louis como um homem negro que trabalha como cafetão antes de conhecer Lestat, cuja proposta vai além da imortalidade: ele oferece poder, liberdade e amor tudo envolto em uma relação de desejo e dominação. A história, assim, ganha camadas adicionais ao lidar abertamente com questões raciais, sexuais e de classe, transformando-se em uma poderosa alegoria sobre opressão e hierarquia na América.
Diferente de outras produções que recorrem à fantasia apenas como metáfora, Entrevista com o Vampiro insere os próprios corpos marginalizados dentro dessas estruturas narrativas. Uma das maiores riquezas do gênero vampírico é justamente sua capacidade de subverter as normas morais e sociais da época retratada e aqui, Louis e Lestat vivem como homens queer não apesar do mundo, mas por fora dele, graças ao seu estado de mortos-vivos. Ainda assim, suas relações continuam atravessadas por jogos de poder e vulnerabilidade.
A série abraça o melodrama e o camp, mas sem jamais perder de vista a seriedade das emoções e conflitos de seus personagens. Um romance gótico queer repleto de sangue, sensualidade e tragédia, Entrevista com o Vampiro é uma reinvenção ousada e envolvente e sim, você vai querer convidar esses vampiros para entrar. Onde ver: Prime Video.
Gentleman Jack
Uma lésbica assumida vivendo abertamente na Inglaterra de 1830 pode parecer boa demais para ser verdade mas Gentleman Jack, série da BBC e da HBO, é baseada em fatos reais. A produção se apoia nas milhares de páginas dos diários codificados de Anne Lister, uma proprietária de terras e industrial que viveu em Yorkshire. A série acompanha sua rotina nos negócios, mas o foco emocional está em seu relacionamento com Ann Walker (Sophie Rundle), uma herdeira solteira que desperta em Lister o desejo de construir uma vida a dois.
Embora os diversos relacionamentos lésbicos de Lister estejam bem documentados, é com Walker que ela encontra uma parceira duradoura. Juntas, elas enfrentam os preconceitos da época e constroem uma união que, apesar de não reconhecida legalmente, é vivida com a solenidade e o compromisso de um casamento. Parte do sucesso dessa convivência vem da ambição empresarial de Lister, que desafia os limites impostos às mulheres do século XIX.
Lister seria uma figura excepcional em qualquer período da história, mas sua existência se torna ainda mais notável no contexto da Era Vitoriana. Vestindo-se com roupas tradicionalmente masculinas incluindo cartola, terno e bengala, ela desafiava não só as convenções de gênero, mas também o controle patriarcal sobre o espaço público e privado. A performance de Suranne Jones no papel principal é magnética: ela encarna Lister com ousadia, inteligência e charme, sem deixar de revelar suas inseguranças e fragilidades.
Além da interpretação cativante de Jones, Gentleman Jack se destaca por seu estilo visual vibrante. Assim como em Fleabag, Lister frequentemente quebra a quarta parede, compartilhando pensamentos íntimos com o público enquanto caminha determinada pelas ruas de Halifax. O resultado é uma série surpreendentemente alegre, que mistura romance, política, humor e história com uma energia contagiante e uma protagonista simplesmente inesquecível. Onde ver: Max.
Los Espookys
Apesar do cancelamento abrupto pela HBO após apenas duas temporadas, Los Espookys se firmou como uma das comédias mais originais e encantadoras da última década. Difícil de categorizar, o programa é frequentemente comparado a Scooby-Doo!, mas vai muito além dessa referência: acompanha um grupo de amigos que administra uma empresa especializada em criar sustos personalizados para uma clientela excêntrica.
Criado por Julio Torres, Ana Fabrega e Fred Armisen que também atuam no elenco, Los Espookys se passa em um mundo paralelo ao nosso, ambientado em um país latino-americano fictício. A maior parte da série é falada em espanhol, com legendas em inglês, mas há momentos em que o inglês domina, sempre legendado em espanhol. Renaldo (Bernardo Velasco), um apaixonado por terror, lidera o grupo, que inclui Andrés (Torres), herdeiro de uma família de chocolate assombrada por um demônio; Úrsula (Cassandra Ciangherotti), uma higienista dental gótica; e sua irmã Tati (Ana Fabrega), uma figura espaçada que vive fazendo biscates no sentido mais literal da palavra.
O universo de Los Espookys é permeado por absurdos que se tornam parte natural do cotidiano do programa. Entre as bizarrices estão o trabalho de Tati para girar o ponteiro quebrado do relógio da cidade, e a capacidade sobrenatural de Andrés de conversar com a lua que, claro, responde. Fred Armisen interpreta Tico, um habilidoso manobrista de carros, cuja peculiaridade se encaixa perfeitamente nesse cenário surreal.
A série se destaca ainda pela representação natural e discreta de personagens queer, que coexistem com o realismo mágico e a estranheza do ambiente sem que suas identidades sejam o foco principal, reforçando a leveza e a autenticidade do programa. Onde ver: Max.
Tipo Isso
A série canadense Tipo Isso tem a diversidade e a identidade como temas centrais, mas essa descrição simples não faz justiça à complexidade de seus enredos. Bilal Baig interpreta Sabi, uma pessoa não binária paquistanesa-canadense que trabalha como babá. Embora Sabi mantenha uma boa relação com a maioria das pessoas ao seu redor, o relacionamento com a mãe, Raffo (Ellora Patnaik), é mais tenso. Em uma cena marcante, quando Raffo vê Sabi no trabalho vestindo uma aparência feminina, sua preocupação maior é com a escolha do emprego da filha do que com sua identidade de gênero. “Você é o servo deste homem?”, questiona ela.
Esse momento exemplifica a maneira inteligente como a série subverte expectativas. Tipo Isso aborda a identidade de forma profunda e multifacetada, evitando o tratamento superficial focado apenas na representação. Em vez de traçar histórias de opressão tradicionais, a identidade dos personagens se manifesta em diversos níveis. Para Sabi, o desafio maior não é simplesmente viver como uma pessoa não binária, mas equilibrar suas múltiplas identidades — babá, bartender em um bar queer e filho(a) dedicado(a) à mãe.
Apesar dos episódios curtos, de cerca de 20 minutos, cada personagem ganha espaço para se desenvolver e crescer. Conhecemos a luta de Raffo para se reencontrar após os filhos crescerem e a separação do marido. O melhor amigo otimista de Sabi, 7ven (Amanda Cordner), enfrenta sua própria batalha contra a solidão, mesmo tentando se afastar. A irmã de Sabi e seus empregadores também possuem arcos emocionais próprios, revelando personagens que transcendem estereótipos para mostrar uma humanidade rica e complexa. Onde ver: Max.
Harley Quinn
Personagens LGBTQ+ tornaram-se cada vez mais comuns em séries animadas, marcando presença em produções como Steven Universe, Tuca & Bertie e A Lenda de Korra. O mesmo acontece nas histórias em quadrinhos da Marvel e da DC, embora essas narrativas queer raramente ganhem espaço nas telas do cinema. Felizmente, a série da HBO Harley Quinn quebra as regras do Universo Estendido da DC (DCEU), entregando uma produção adulta e incrivelmente queer em todos os sentidos.
Kaley Cuoco dá voz à personagem-título, que nesta releitura acaba de deixar seu namorado abusivo, o Coringa (Alan Tudyk), e passa de mera ajudante a uma sobrevivente determinada. Em busca de poder no submundo do crime, Harley monta uma equipe de supervilões composta por Clayface (também interpretado por Tudyk), Doutor Psycho (Tony Hale), Rei Tubarão (Ron Funches), Sy Borgman (Jason Alexander) e sua melhor amiga, Hera Venenosa (Lake Bell).
Embora Harley Quinn contenha inúmeras tramas malignas e humor insano, o relacionamento entre Harley e Hera Venenosa é o verdadeiro centro da narrativa. Ivy oferece apoio incondicional enquanto Harley enfrenta as complicações do rompimento, e a amizade entre elas evolui para um romance sincero. Em meio ao caos, violência e piadas irreverentes, a história de amor de Harley e Ivy traz autenticidade e emoção ao show. Onde ver: Max.