Durante os próximos dez dias, a 82ª edição do Festival de Cinema de Veneza receberá no Lido grandes estrelas de Hollywood, como George Clooney, Julia Roberts e Dwayne Johnson, além de diretores consagrados, como Guillermo del Toro e Kathryn Bigelow, todos apresentando seus novos filmes no evento.
O filme escolhido para a abertura, “La Grazia”, é o mais recente trabalho de Paolo Sorrentino, um dos cineastas italianos mais respeitados da atualidade. O longa é protagonizado por Toni Servillo, colaborador frequente de Sorrentino. Detalhes sobre a trama foram mantidos em segredo até o lançamento.
O diretor do festival, Alberto Barbera, declarou à Associated Press que “La Grazia” surpreendeu toda a equipe. “É um Sorrentino diferente do que estamos acostumados. Muito menos barroco e formalista do que seus filmes anteriores. É uma história inesperada”, afirmou Barbera.
Sorrentino, que ficou famoso com o premiado “A Grande Beleza”, estreou no Festival de Veneza há 24 anos com “L’uomo in più” (“One Man Up”) e ganhou o Leão de Prata em 2021 por “A Mão de Deus”, que também foi indicado ao Oscar. Diversos filmes que fazem sua estreia mundial em Veneza costumam receber indicações e prêmios da Academia.
Antes da luxuosa sessão de estreia, ativistas anti-guerra anunciaram que vão realizar uma coletiva em frente ao famoso tapete vermelho para chamar a atenção para a situação em Gaza. O Festival tem a tradição de levantar temas para a reflexão do público e ter uma tendência de questionar o status quo através da arte.
“La Grazia” está entre os 21 filmes na competição principal do festival. Outros destaques na disputa pelo Leão de Ouro incluem “Frankenstein”, de Guillermo del Toro; “A House of Dynamite”, de Kathryn Bigelow; “Bugonia”, de Yorgos Lanthimos; “The Smashing Machine”, de Benny Safdie; e “The Voice of Hind Rajab”, de Kaouther Ben Hania.