
Você nunca mais vai olhar para uma piscina do mesmo jeito depois de assistir Mergulho Noturno. O terror produzido pela Blumhouse — o mesmo estúdio por trás de sucessos como O Telefone Preto, M3GAN e Corra! — e que está disponível na Netflix aposta em uma história que transforma o ambiente mais comum em um verdadeiro pesadelo.

Uma piscina com segredos
A trama acompanha Ray Waller (Wyatt Russell), um ex-jogador de beisebol que precisa se aposentar após ser diagnosticado com uma doença degenerativa. Tentando recomeçar a vida com a esposa Eve (Kerry Condon) e os filhos, ele se muda para uma nova casa com uma piscina aparentemente perfeita. Mas o que deveria ser símbolo de recuperação e união familiar logo se torna uma ameaça inexplicável.
Estranhos ruídos, reflexos distorcidos e visões cada vez mais perturbadoras transformam o local em um campo de terror. O mergulho que antes parecia revigorante revela uma força maligna que habita o fundo da piscina — e que tem planos sombrios para a família Waller.

Terror com alma e simbolismo
Dirigido por Bryce McGuire, Mergulho Noturno é inspirado em um curta-metragem de mesmo nome lançado em 2014, também criado por McGuire. O diretor amplia a ideia original e constrói uma história sobre culpa, negação e segundas chances, explorando o medo psicológico com uma sutileza rara em filmes do gênero.
A água, elemento central do longa, é usada como metáfora para o inconsciente — aquilo que tentamos esconder, mas que sempre volta à superfície. Esse subtexto dá profundidade à narrativa, fazendo de Mergulho Noturno mais do que um simples “filme de sustos”.

O elenco e a atmosfera
Wyatt Russell entrega uma performance intensa e vulnerável como um homem dividido entre o desejo de se curar e o medo de perder o controle. Já Kerry Condon, indicada ao Oscar por Os Banshees de Inisherin, reforça o drama familiar e dá credibilidade emocional à trama.
A fotografia azulada e o design de som são destaques: cada respingo, cada mergulho é usado para aumentar a tensão e a sensação de claustrofobia. O terror é mais psicológico do que gráfico, mas há momentos genuinamente assustadores que vão fazer o espectador pular da cadeira.

Vale a pena assistir?
Mergulho Noturno é uma ótima pedida para quem gosta de terror atmosférico com pegada emocional, no estilo de O Babadook ou Sobrenatural. Ele não reinventa o gênero, mas oferece uma experiência imersiva, com bons sustos e uma reflexão interessante sobre os traumas que tentamos afogar.
O longa é distribuído pela Universal Pictures e produzido por James Wan e Jason Blum, dois dos maiores nomes do terror moderno.
Mergulho Noturno está disponível na Netflix e promete deixar o público com um novo medo: o de mergulhar à noite.