
A sensação é de virada de página. Após anos de easter eggs, aparições-relâmpago e aquela promessa que nunca vinha, os X-Men estão finalmente de volta ao MCU.
E não em qualquer momento: eles chegam em Vingadores: Doomsday, justamente quando Doutor Destino se torna a maior ameaça que o universo Marvel já enfrentou no cinema.
Fera
Hank McCoy retorna interpretado por Kelsey Grammer, trazendo mais uma vez aquele contraste tão característico entre o lado animal e a mente científica refinada.
A Fera é um mutante de força impressionante, capaz de saltar, resistir e combater em níveis que ultrapassam os limites humanos, mas sua verdadeira arma sempre foi a inteligência. Ele é analítico, estratégico, capaz de ler uma batalha e entender sua estrutura em segundos.
O que o limita, porém, é que sua força é mais localizada do que expansiva. Em confrontos gigantescos, onde energia, telepatia ou manipulação do ambiente entram em cena, seu impacto costuma ser menor. Fera funciona melhor quando é parte de uma estratégia coletiva.
Gambit
Remy LeBeau está de volta, agora interpretado por Channing Tatum, e sua presença traz um tipo de energia completamente diferente. Gambit canaliza energia cinética e a transforma em explosões, o que significa que qualquer objeto comum na sua mão pode virar uma arma devastadora.
Mas o que realmente define Gambit é o instinto. Ele luta de forma improvisada, fluida, quase como uma dança caótica.No entanto, Gambit é um mutante que depende de espaço, leitura da situação e um certo grau de imprevisibilidade.
Ele funciona melhor quando o caos está instalado, quando o terreno muda a todo momento. Se a batalha for rígida, ele perde força. Mas se for caótica, como tudo indica que será, Gambit pode se tornar um dos mutantes mais interessantes de se assistir em Doomsday.
Noturno
A volta de Alan Cumming como Noturno é, por si só, emocionante. Seu teleporte nunca foi só uma forma de fuga. É uma arma precisa. Noturno pode atacar, desaparecer e reaparecer em outra posição antes que o inimigo entenda o que aconteceu. Ele pode retirar aliados de perigo, desestabilizar formações, desmontar estratégias.
O impacto do seu poder não está na força física, mas na impossibilidade de prever seus movimentos. Ele é o tipo de adversário que muda o ritmo de uma luta inteira só por estar presente.
Por outro lado, Noturno precisa manter clareza emocional e visão de ambiente. Em cenários caóticos demais, pode se desorientar. Mas se estiver focado, ele pode ser a chave para virar batalhas que pareçam perdidas.
Ciclope
James Marsden retorna como Ciclope, e aqui existe uma expectativa clara: ele não será mais tratado como secundário. Nos quadrinhos, Ciclope é um estrategista militar extremamente competente e seu poder é devastador.
Seus raios ópticos não são simples feixes de luz, são energia pura capaz de abrir crateras, derrubar estruturas e virar o curso de uma batalha com um único disparo bem posicionado.
Se Doomsday der a Ciclope o espaço tático e emocional que ele merece, veremos a transformação de um personagem que sempre foi subestimado nos cinemas.
Mística
Rebecca Romijn retorna como Mística, e aqui entramos no território da guerra psicológica. Mística é capaz de assumir qualquer forma humana, imitar comportamento, entonação e presença a ponto de apagar a linha entre verdade e mentira no campo de batalha.
Ela não vence pela força, mas pela quebra de confiança. Um exército que não sabe se seus aliados são realmente seus aliados já perdeu metade da guerra antes de começar. E além disso, Mística é rápida, letal e extremamente treinada.
Se Destino depende de controle, Mística pode ser justamente a peça que arranca esse controle das mãos dele.
Magneto
Ian McKellen retorna como Magneto, e isso muda o tom da discussão. Magneto controla o eletromagnetismo, o que significa influenciar praticamente tudo que envolve metal, corrente elétrica, campos energéticos e infraestrutura tecnológica.
Estamos falando de um mutante capaz de afetar cidades inteiras sem sequer se aproximar do alvo. Magneto não é só poderoso. Ele é inevitável. Quando ele decide agir, a realidade ao redor precisa se adaptar ao seu poder, e não o contrário.
Professor Xavier
No topo, como esperado, está Professor Xavier, interpretado novamente por Patrick Stewart. Xavier não precisa levantar a mão para vencer uma batalha. Ele atua no plano da mente.
Pode paralisar, silenciar, apagar lembranças, reescrever pensamentos, romper alianças, implodir motivações. Ele não vence guerras. Ele encerra guerras. Quando Xavier está consciente e determinado, não existe resistência possível que não seja simplesmente anulada.
