Quando falamos de adaptações de jogos para o cinema, sempre bate aquele receio, não é? Mas Until Dawn – A Noite do Terror surpreendeu ao não só respeitar suas origens, como também dar um novo tempero para a história.
O final do filme deixou muita gente curiosa, especialmente por seus detalhes que conectam diretamente com o famoso jogo da Supermassive Games. Confira o desfecho do filme, os mistérios envolvendo o Dr. Hill, a morte (ou não) dos personagens e como a produção abre caminho para uma possível sequência.
Dr. Hill pode ser muito mais importante do que parece
Durante boa parte de Until Dawn, o Dr. Hill é visto apenas como um coadjuvante estranho, trabalhando em um posto de gasolina e observando os jovens de longe. Porém, conforme a história avança, fica claro que ele tem um papel muito mais sombrio e profundo do que aparenta.
O filme dá a entender que Hill, além de ser obcecado pelos efeitos do medo nas pessoas, pode estar diretamente ligado aos eventos sobrenaturais da trama. Mesmo após sua aparente morte nas mãos de Clover, o roteiro sugere que ele pode ainda estar vivo, ou algo ainda pior, preso em um ciclo de morte e renascimento na casa amaldiçoada.
A ligação com o jogo aparece de forma sutil, mas poderosa
Quem jogou Until Dawn certamente percebeu uma piscadela durante o final do filme. Nos momentos finais, uma das câmeras do escritório de Hill mostra uma cabana nevada nas montanhas, cenário icônico do jogo. Essa cena não é aleatória: ela indica que o universo do filme é, na verdade, um prelúdio direto dos eventos do jogo.
Essa conexão é brilhante porque expande a mitologia sem copiar o material original. Em vez de recontar a mesma história, o filme cria um universo próprio que respeita quem já conhece a franquia, mas também é amigável para novos espectadores. É como se estivessem preparando o terreno para algo muito maior, e mais assustador.
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A libertação dos personagens da maldição é real?
O filme termina com Clover, Max, Nina, Megan e Abel finalmente escapando da casa e quebrando o ciclo de morte. Após enfrentar Wendigos, assassinos mascarados e escapar de armadilhas mortais, eles conseguem sobreviver até o amanhecer, o que, simbolicamente, marca o fim da maldição.
Diferente do jogo, onde o “ciclo de morte” não existia como conceito na história, o filme cria essa regra sobrenatural, como se os personagens estivessem presos em uma espécie de looping macabro. O fato de todos sobreviverem sugere que eles conseguiram algo raro: quebrar uma maldição que parecia impossível. Mas será que a paz deles vai durar?
As diferenças entre o final do filme e o final do jogo
No jogo original, os finais variam conforme as escolhas do jogador, podendo salvar todos, alguns ou nenhum dos personagens. O melhor final do game, onde todos sobrevivem, é o mais próximo do que vimos no filme. Ainda assim, há diferenças importantes.
No jogo, a chegada da polícia fecha a história com um ar de realidade. Já no filme, o final é mais sobrenatural, sem qualquer intervenção externa. E claro, Dr. Hill, que no game era apenas uma representação da mente perturbada de Josh, no filme é tratado quase como uma entidade viva, capaz de manipular a realidade. Essa mudança dá ao filme um tom ainda mais sombrio.
O tease da cabana coberta de neve deixa claro: os produtores têm planos de expandir esse universo. Uma sequência poderia se aprofundar nos eventos do jogo original, trazendo personagens como Josh, Sam e os outros para a tela, mas agora com o novo elemento da “morte cíclica” adicionando uma camada a mais de horror.
Until Dawn – A Noite do Terror está disponível exclusivamente nos cinemas.
