
Nem sempre a novidade no MCU vem com efeitos visuais grandiosos ou multiversos em colapso. Às vezes, a diferença pode vir de uma abordagem inovadora.
Essa ideia, que surge com Thunderbolts*, traz consigo um feito inesperado dentro do Universo Marvel: sua classificação indicativa. E é justamente isso que coloca o próximo lançamento como um dos filmes mais aguardados da fase atual do estúdio.
Ainda que não tenha recebido o selo R-rated (+18) como Deadpool & Wolverine, o longa rompe uma tradição que vinha sendo mantida desde Homem de Ferro, em 2008. A novidade já tem gerado burburinho entre os fãs e, ao que tudo indica, o filme vai aproveitar essa liberdade para entregar um tom mais pesado e maduro.
Thunderbolts* ganhou a classificação PG-13, mas com uma especificação incomum para o público do MCU: “violência intensa”. Trata-se da primeira vez que um filme da franquia recebe essa descrição com uma classificação de idade baixa.
A decisão marca um movimento mais ousado por parte do estúdio, que já vinha testando os limites do tom em séries como Echo e Demolidor: Renascido.
Uma nova fase de ousadia para o MCU
Mesmo sem ultrapassar a barreira do PG-13, Thunderbolts* promete manter a intensidade esperada de uma equipe composta por anti-heróis com passados problemáticos e muita violência na bagagem.
A escolha do elenco também contribui para essa expectativa. O filme reúne personagens já conhecidos do público e novatos que prometem movimentar o universo compartilhado.
Entre eles está o Sentinela, interpretado por Lewis Pullman, um dos heróis mais poderosos da Marvel nos quadrinhos, mas também um dos mais instáveis.O personagem carrega dentro de si o Void, uma entidade sombria que deve surgir como a principal ameaça da trama.
Anti-heróis ganham espaço no centro do palco
A formação dos Thunderbolts* foge do tradicional. Diferente dos Vingadores, os integrantes do grupo não são heróis convencionais. Muitos deles cometeram crimes, agiram sob motivações duvidosas ou causaram mortes diretas ao longo de suas trajetórias – basicamente, o Esquadrão Suícida da Marvel.
Com tantos personagens marcados por traumas e falhas, a trama deve se aprofundar em questões de arrependimento e redenção. A proposta aponta para uma narrativa mais madura, sem abrir mão da ação que se espera de um filme da Marvel.
Outro fator que reforça o tom mais denso é o retorno de figuras como Yelena Belova, Guardião Vermelho e John Walker. Todos esses personagens têm históricos controversos e carregam cicatrizes de seus atos passados, o que deve refletir diretamente na dinâmica do grupo.
Mesmo sem a classificação R, a indicação de “violência intensa” é vista como um indicativo de que a Marvel não pretende suavizar a proposta do longa. Pelo contrário, a intenção parece ser justamente explorar um lado mais sombrio do universo, sem perder o alcance de uma classificação mais ampla.
Com o MCU passando por um momento de reinvenção e reestruturação, Thunderbolts* pode representar uma virada de chave importante. O filme surge como uma tentativa de resgatar o engajamento de públicos que se distanciaram nas fases mais recentes e abrir caminho para produções com maior liberdade narrativa.