O terror adolescente ganhou um novo capítulo com Rua do Medo: Rainha do Baile, filme que resgata o espírito slasher dos anos 1980 e expande o universo criado pela trilogia original.
A história se passa em Shadyside, cidade marcada por tragédias e mortes misteriosas, mas agora com uma trama independente centrada em uma disputa estudantil que rapidamente se transforma em um banho de sangue.
Ambientado em 1988, o longa apresenta Lori Granger, uma estudante determinada a vencer a eleição de rainha do baile, enfrentando a influente Tiffany Falconer e seu grupo de amigas.
A rivalidade ganha contornos sinistros quando uma das candidatas é assassinada na véspera do evento, desencadeando uma série de mortes brutais que atingem todos os concorrentes pela coroa.
Identidade dos assassinos e motivações
Ao contrário do que costuma ocorrer em filmes do gênero, Rua do Medo: Rainha do Baile opta por não esconder seus vilões até o último minuto. Logo se revela que Dan e Nancy Falconer, pais de Tiffany, estão por trás dos assassinatos.
A motivação é garantir que a filha vença o concurso e alimentar um desejo de vingança antigo contra os Granger. Nancy, em especial, nutre ressentimentos pessoais ligados a um crime cometido quase duas décadas antes.
O plano dos Falconer começa a ruir quando Tiffany, em um ato desesperado, tenta matar Lori mesmo após a festa. A cena deixa claro que a jovem foi profundamente influenciada pela violência da família, acreditando que a coroa lhe pertencia por direito.
A morte do pai de Lori, um mistério que assombra a família desde o início, também é esclarecida. Nancy confessa ter matado o homem por ciúmes e depois incriminado Rosemary, a mãe de Lori, que passou anos carregando a culpa.
O filme se encerra com ela sobrevivendo à noite e sendo coroada rainha. Em uma das cenas mais simbólicas, ela finalmente assume sua força e protagonismo, consolidando-se como a “final girl” da história.
Massacre e sobreviventes
Como já é característico da franquia, o número de mortos é elevado. Pelo menos doze personagens morrem, incluindo todos os candidatos ao título de rainha do baile, professores e figurantes.
A maioria é assassinada de forma violenta, com destaque para as cenas no ginásio durante a festa, que remetem a momentos icônicos da trilogia.
Apenas Lori e sua melhor amiga Megan sobrevivem. Curiosamente, não é o conhecimento de filmes de terror que salva Megan, mas sim o instinto de proteção de Lori. Juntas, elas representam a resistência à herança sombria de Shadyside.
Cenas pós-créditos e novos mistérios
Apesar de Rainha do Baile funcionar de forma independente, a franquia Rua do Medo ainda está longe do fim. Segundo o criador R.L. Stine, mais três filmes estão em desenvolvimento.
Além disso, ainda que seja vendido como um filme independente, Rua do Medo: Rainha do Baile não se desconecta totalmente da trilogia original. A cena pós-créditos mostra o corpo de Nancy, com seu sangue formando um símbolo familiar aos fãs: a Marca da Bruxa.
Esse elemento deixa em aberto uma possível relação com os eventos de 1978 e 1666, reforçando a ideia de que o mal em Shadyside é cíclico e orquestrado. Ainda assim, não há participações diretas de personagens antigos, mantendo o foco na nova narrativa.
A expectativa é que a Netflix mantenha a proposta de trazer filmes isolados conectados por temáticas, referências e a atmosfera macabra de Shadyside.