A representação de personagens clássicos nos cinemas sempre envolve algum grau de adaptação, mas a versão da Mulher Invisível que chegará ao MCU em Quarteto Fantástico: Primeiros Passos parece estar passando por uma reformulação mais significativa do que o esperado.
Em vez de seguir fielmente o desenvolvimento gradual de seus poderes nos quadrinhos, a nova abordagem dá a Sue Storm uma postura mais ativa desde o início.
A informação foi revelada na HQ The Fantastic Four: First Steps #1, que é canônica dentro do MCU e mostra os primeiros dias da equipe após adquirir seus poderes.
A história funciona como prólogo oficial para o novo filme da equipe, e é através dela que o público teve o primeiro vislumbre do que mudou na representação de Sue Storm na nova fase do estúdio.
Força total desde a primeira aparição
Na HQ, Sue não se limita à invisibilidade. Ela é mostrada usando campos de força invisíveis para silenciar os membros da equipe durante uma discussão, isolando suas cabeças em esferas de ar.
Essa habilidade, que nos quadrinhos levou mais de vinte anos para se tornar parte regular de seu arsenal, aparece aqui de forma natural, já integrada ao seu conjunto de poderes desde o início.
No material original da Marvel, Sue surgiu em 1961 como a “Garota Invisível” e por muito tempo foi retratada como um elo fraco na dinâmica do grupo. Sua evolução ocorreu lentamente, ganhando destaque apenas décadas depois, principalmente durante a fase escrita por John Byrne nos anos 1980.
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A nova versão, por outro lado, parece determinada a ignorar essas limitações do passado. Em vez de reapresentar uma personagem dependente ou subestimada, o MCU opta por uma Susan Storm com total controle de suas habilidades já nos primeiros momentos da trama.
Além disso, ela é tratada com respeito profissional: não apenas é chamada de “Doutora Susan Storm”, como também tem seu título de PhD em arqueologia confirmado, algo que os quadrinhos revelaram apenas recentemente.
MCU evita as armadilhas do passado
A decisão de não seguir à risca a cronologia dos quadrinhos trata-se de um reposicionamento deliberado de Sue dentro do grupo, reconhecendo que sua representação original era, em muitos aspectos, ultrapassada e limitadora.
Ao dá-la uma postura mais confiante e poderes completos desde o início, o MCU elimina a necessidade de justificar sua presença através da relação com outros personagens.
Ainda que mudanças em personagens consagrados sempre dividam opiniões, é inegável que essa nova Mulher Invisível reflete um novo olhar sobre os papéis femininos dentro do universo dos super-heróis.
Em vez de demorar décadas para mostrar seu potencial, ela começa já no centro da ação e com protagonismo garantido.