A Disney está levando os fãs de volta à “grade” com o aguardado Tron: Ares, o terceiro filme da franquia que começou com o clássico inovador de 1982, TRON, e teve sequência em 2010 com Tron: O Legado. Com este novo capítulo chegando 15 anos após o anterior e impressionantes 43 anos depois do original, muitos se perguntam se é realmente necessário assistir ao primeiro filme.
O TRON original acompanhava o designer de videogames Kevin Flynn (Jeff Bridges), que é sugado para dentro do sistema de um computador central, onde encontra vários programas, incluindo TRON (Bruce Boxleitner). Embora hoje os efeitos sejam considerados revolucionários, na época o filme foi desqualificado do Oscar porque o uso de computadores era visto como “trapaça”.
O diretor de Tron: Ares, Joachim Rønning, contou ao Screen Rant que o novo longa traz de volta a “Retro Grid” do primeiro filme, com o personagem de Jared Leto interagindo com Flynn. Ele explicou que, apesar de o TRON original parecer “rústico” visualmente, “foi muito importante para mim não polir isso”, motivo pelo qual recomenda que os fãs assistam ao filme de 1982 antes do novo.
Fãs precisam ver os gráficos originais de TRON para entender o quanto evoluímo
Para quem assistir ao TRON de 1982 hoje — especialmente quem nasceu no fim do século 20 ou no início do 21 —, os gráficos podem parecer rudimentares. O filme foi um dos primeiros da história a usar imagens geradas por computador (CGI) e abriu caminho para inúmeros avanços posteriores nos efeitos visuais.
Por isso, quem chegar a Tron: Ares sem conhecer os anteriores pode estranhar os visuais “antigos” das cenas na Retro Grid. Sem saber que a franquia nasceu dessa estética digital pioneira, pode ser confuso ver gráficos tão datados contrastando com os efeitos sofisticados do novo filme.
Tron: Ares traz conexões com personagens do TRON original
Dois personagens de Tron: Ares têm ligação direta com o filme de 1982: Elisabeth Dillinger (Gillian Anderson) e Julian Dillinger (Evan Peters), respectivamente filha e neto de Ed Dillinger (David Warner), o executivo da ENCOM, empresa onde Kevin Flynn trabalhava. Em entrevista, Anderson revelou que Elisabeth funciona como a “bússola moral” da companhia, enquanto tenta manter o filho sob controle.
Compreender o papel da ENCOM no primeiro filme deve ajudar o público a acompanhar essa linhagem familiar em Tron: Ares. Ainda assim, há muitas perguntas no ar — como Kevin Flynn sobreviveu aos eventos de Tron: O Legado? E será que a Disney pretende continuar essa história que já se estende por mais de quatro décadas?
Tudo dependerá do sucesso de Tron: Ares, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira (9) e promete unir nostalgia, tecnologia e uma nova geração de jogadores.
Enquanto isso, TRON e Tron: O Legado estão disponíveis para streaming no Disney+.