Quando se fala em papéis icônicos recusados por grandes astros, Will Smith costuma aparecer entre os primeiros nomes da lista. Além de dispensar o protagonismo em Matrix e quase perder MIB: Homens de Preto, o ator teve a chance de viver o Superman no cinema, mas também preferiu dizer “não”. O motivo? Nada técnico, artístico ou financeiro, mas sim uma percepção pessoal sobre Hollywood e suas reações.
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A proposta surgiu no início dos anos 2000, quando a Warner Bros. buscava reativar a franquia do Homem de Aço com o filme Superman: O Retorno. Na época, Smith já era um dos atores mais rentáveis da indústria, e seu nome era considerado ideal para liderar uma nova fase da DC nos cinemas.
Will Smith rejeitou o papel por um motivo polêmico
Apesar da oportunidade de protagonizar um dos heróis mais populares do mundo, Will Smith recusou o convite e justificou sua decisão anos depois. Em entrevista à MTV News, ele afirmou: “Eu já tinha feito Jim West em As Loucas Aventuras de James West, e você não pode sair por aí estragando os heróis brancos de Hollywood! Se você faz isso, nunca mais trabalha nessa cidade”.
A fala de Smith, com tom de ironia, faz referência à recepção negativa que o filme de 1999 teve. A produção reimaginava um personagem clássico da TV com um ator negro no papel principal, o que gerou críticas por parte de alguns setores da indústria e do público. Embora o fracasso do longa também estivesse ligado a problemas no roteiro e na direção, Smith deixou claro que sua experiência com Wild Wild West influenciou diretamente sua recusa.
Superman: O Retorno perdeu força antes mesmo da estreia
O papel acabou ficando com Brandon Routh, que viveu o herói em Superman: O Retorno (2006). O filme, dirigido por Bryan Singer, tentava resgatar o estilo dos clássicos dos anos 70, sendo uma espécie de continuação direta de Superman II (1980). Apesar de contar com boa bilheteria global, o alto custo de produção fez com que a Warner considerasse o projeto pouco rentável.
Com um orçamento de mais de 230 milhões de dólares, o filme arrecadou cerca de 391 milhões no mundo todo. Embora não tenha sido um fracasso comercial, a relação entre custo e retorno não justificava uma continuação. A saída de membros da equipe e a falta de interesse do estúdio selaram o destino do longa, que ficou sem sequência e hoje é lembrado como um capítulo isolado da franquia.
Will Smith teria feito história com o papel
Caso tivesse aceitado o papel, Will Smith se tornaria o primeiro Superman negro do cinema. Sua presença não apenas mudaria o impacto cultural do longa, como também poderia ter alterado sua performance nas bilheterias. Naquele momento da carreira, o ator vinha de uma série de sucessos consecutivos, o que tornava sua escalação uma escolha segura do ponto de vista comercial.
A decisão, no entanto, não foi isolada. Anos depois, Smith também recusaria participar de A Origem, de Christopher Nolan, por não ter entendido o roteiro. Ele mesmo já admitiu que, às vezes, suas escolhas foram motivadas por impulsos equivocados ou interpretações precipitadas.
O Superman negro ainda não saiu do papel
Atualmente, projetos com uma versão negra do Superman seguem em compasso de espera. A DC chegou a anunciar uma produção escrita por Ta-Nehisi Coates e produzida por J.J. Abrams, além de uma série em desenvolvimento para a HBO Max com Michael B. Jordan. Nenhum deles, porém, saiu do papel até agora.
Com a reformulação completa do universo DC sob o comando de James Gunn, esses projetos parecem cada vez mais distantes de se concretizarem. Em paralelo, David Corenswet assumiu o papel de Clark Kent no novo filme da franquia, marcando uma nova fase para o personagem.
Mesmo fora do papel, a recusa de Will Smith continua sendo uma das grandes “e se” da história dos blockbusters modernos. Uma escolha que poderia ter mudado todo o legado do Superman nas telonas.
