Poucos momentos no cinema marcaram tanto quanto a noite em que Voldemort invadiu a casa dos Potter. Entre trovões e sombras, o bruxo mais temido do mundo apontou sua varinha para Harry Potter, um bebê de apenas um ano, cometendo o erro que selaria seu destino.
Mas por que ele fez isso? O que o levou a matar James e Lily Potter e, de quebra, transformar Harry no seu maior inimigo? Essa história mistura traição, magia antiga e uma profecia enigmática.
O aviso da profecia que mudou o curso da guerra
Em meio à Primeira Guerra Bruxa, Voldemort já era visto como imbatível. Sua ascensão foi marcada por assassinatos, medo e a promessa de “purificar” o mundo bruxo dos nascidos trouxas. Mas um encontro inesperado mudou tudo: Sibila Trelawney, em transe, previu que um bebê nascido no final de julho e filho de pais que já haviam desafiado Voldemort três vezes teria o poder de destruí-lo.
Havia dois bebês que se encaixavam na descrição: Neville Longbottom e Harry Potter. Voldemort não hesitou, escolheu Harry, acreditando que o fato de ele ser filho de uma bruxa nascida trouxa o tornava mais parecido com ele mesmo. Essa decisão, no entanto, estava longe de ser sábia.
A escolha errada do guardião do segredo
Sabendo que estavam marcados para morrer, os Potter se esconderam em Godric’s Hollow com o Feitiço Fidelius. Dumbledore poderia ter sido o guardião do segredo, mas James e Lily optaram por Sirius Black. Sirius, tentando despistar Voldemort, passou a responsabilidade para Peter Pettigrew.
O problema? Pettigrew já servia o Lorde das Trevas. Em um ato de covardia e traição, ele revelou o paradeiro dos Potter, abrindo caminho para a tragédia de Halloween de 1981.
A noite em que um bebê sobreviveu à morte
A cena no filme A Pedra Filosofal, mostrada em flashbacks, ainda arrepia. Voldemort mata James rapidamente e, ao encontrar Lily protegendo o berço, lhe dá a chance de viver. Ela se recusa. Ao assassiná-la, Voldemort desencadeia uma magia rara: a proteção sacrificial
Esse tipo de proteção surge apenas quando alguém se oferece para morrer no lugar de outra pessoa, de forma voluntária e sem esperar nada em troca. O amor puro e incondicional de Lily criou uma barreira mágica invisível, impossível de ser quebrada por Voldemort.
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Foi essa proteção que fez a Maldição da Morte ricochetear e destruir o corpo físico do Lorde das Trevas. A força do encantamento permaneceu em Harry por anos, contanto que ele passasse parte de sua vida na casa de sua tia Petúnia, que compartilhava o mesmo sangue de Lily.
O ataque que transformou Harry em uma Horcrux viva
Na mesma noite em que Voldemort tentou matar Harry, algo inesperado aconteceu além do ricochete. Quando o feitiço atingiu o bebê, um fragmento da alma do Lorde das Trevas, já fragmentada por causa dos outros assassinatos e Horcruxes que ele havia criado, desprendeu-se e se alojou na única criatura viva no quarto: Harry Potter.
Isso fez com que Harry se tornasse, sem saber, uma Horcrux acidental. Essa conexão explica por que, ao longo dos anos, ele conseguiu ver e sentir as ações de Voldemort, ouvir suas falas, ter visões e até falar a língua das cobras (ofidioglossia), um talento raro herdado do próprio vilão.
Essa revelação só veio à tona em Relíquias da Morte, quando Dumbledore deixa claro que, para derrotar Voldemort de vez, Harry teria que permitir que essa parte da alma fosse destruída, mesmo que isso significasse entregar a própria vida.
O erro fatal que selou o destino do Lorde das Trevas
Ao escolher atacar Harry e não Neville, ao confiar em um traidor como Pettigrew e ao subestimar a força do amor, Voldemort determinou sua própria queda. Ele queria evitar que a profecia se cumprisse, mas, na prática, apenas garantiu que Harry cresceria com coragem, propósito e uma ligação direta que o tornaria capaz de vencê-lo.
No fim, a pergunta “por que Voldemort matou os pais de Harry Potter?” tem uma resposta clara: medo. E foi esse medo que o levou a cometer o erro que o mundo bruxo jamais esqueceria.
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