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Os Pestes: a animação da Netflix que transforma caos em diversão imperdível

A nova adaptação de Roald Dahl aposta no humor ácido e na criatividade

Os Pestes
Os Pestes

A Netflix tem investido cada vez mais em animações autorais e adaptações de grandes obras literárias, e Os Pestes chegou para reforçar essa estratégia com personalidade própria. Inspirado no livro The Twits, de Roald Dahl, o filme reimagina a história do casal mais detestável da literatura infantil norte-americana para apresentar uma aventura cômica e visualmente inventiva.

Diferente de outros lançamentos do gênero, a produção não tenta suavizar os personagens principais. Sr. e Sra. Twit são desagradáveis, egoístas e caóticos, e é justamente esse exagero que torna a narrativa tão divertida. A animação usa o grotesco de forma inteligente e transforma o absurdo em humor acessível, sem perder o foco no público familiar.

A história acompanha duas crianças corajosas e uma família de animais mágicos que se unem para enfrentar os Twits, que dominam a cidade com truques, maldades e um parque de diversões bizarro. A premissa é simples, mas ganha força com o tom satírico e a construção de situações cada vez mais criativas.

Com direção de Phil Johnston (de Zootopia), Os Pestes aposta em uma estética vibrante e sequências visuais caricatas que combinam muito com o universo de Dahl. A animação trabalha bem com exageros, usa cortes rápidos e valoriza o timing cômico, o que mantém o filme dinâmico até mesmo para o público mais velho.

Elenco de vozes e músicas fortalecem a experiência

Um dos grandes atrativos do filme é o elenco de vozes. Johnny Vegas e Margo Martindale dão vida ao casal Twit no idioma original, enquanto Natalie Portman, Emilia Clarke e Maitreyi Ramakrishnan reforçam o carisma dos coadjuvantes.

A trilha sonora também merece destaque. O longa conta com três canções originais de David Byrne (Talking Heads), e a música final é uma colaboração com Hayley Williams, vocalista do Paramore.

Além do humor, Os Pestes entrega um mundo cheio de possibilidades. A cidade dominada pelos Twits possui cenários variados, cheios de detalhes e referências ao livro original. A animação não se limita a reproduzir a obra de 1980 e expande o universo, adicionando novos personagens e criando situações inéditas.

A volta de Roald Dahl ao streaming com estilo

Esse é o primeiro de vários projetos da Netflix baseados nas histórias de Roald Dahl, e a escolha de começar por Os Pestes mostra a intenção do estúdio em explorar obras menos óbvias do autor. A adaptação não tenta ser “fofinha”: ela abraça o esquisito, o sarcástico e o exagerado, algo que combina perfeitamente com o espírito original dos livros de Dahl.

Mesmo com todo o caos, o filme mantém uma mensagem acessível sobre empatia e colaboração. As crianças protagonistas não têm poderes ou habilidades extraordinárias, mas usam criatividade e união para enfrentar adultos cruéis, que é um tema frequente nas histórias do autor.

O ritmo é ágil, o humor é visual e a narrativa sabe equilibrar cenas de comédia com momentos de aventura. Isso faz com que Os Pestes funcione tanto para quem já conhece o livro quanto para quem está tendo contato com a história pela primeira vez.

O lançamento é uma das animações mais diferentes do catálogo recente da Netflix. Em vez de seguir padrões previsíveis, o filme aposta em irreverência, personagens estranhos e uma direção que se diverte com o absurdo. É uma produção que conversa com crianças sem subestimar sua inteligência e, ao mesmo tempo, oferece referências e ironias que os adultos vão perceber.

Os Pestes está disponível na Netflix.

 
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