Crítica

Os 3 melhores e os 3 piores momentos de Predador: Terras Selvagens

Predador: Terras Selvagens tenta reinventar a franquia

Os 3 melhores e os 3 piores momentos de Predador: Terras Selvagens

Predador: Terras Selvagens marca o retorno do diretor Dan Trachtenberg ao universo dos caçadores intergalácticos após Predador: A Caçada. Desta vez, o foco sai da Terra e vai direto para o planeta Genna, onde o jovem Yautja Dek (Dimitrius Schuster-Koloamatangi) tenta provar seu valor enfrentando uma criatura lendária, o Kalisk.

Com Elle Fanning interpretando a sintética Thia, o longa aposta em um enredo mais simbólico, com tons de sobrevivência e autodescoberta. Mas será que essa ousadia funcionou? Aqui estão os 3 melhores e 3 piores momentos do filme.

3 melhores momentos que fazem Predador: Terras Selvagens brilhar

1. A mudança no tema da 20th Century muda

Logo na vinheta inicial da 20th Century Studios, a trilha clássica de Alfred Newman ganha um toque tribal e distorcido. O resultado é uma abertura que já anuncia: “isso aqui não é um Predador comum”.

A mudança musical lembra Alien 3 e reforça a ideia de que este capítulo está mais conectado ao lado místico e biológico da franquia. É um detalhe pequeno, mas cheio de significado, preparando o espectador para o clima experimental do filme.

2. A improvável amizade entre Dek e Thia

O coração de Predador: Terras Selvagens não está nas caçadas, mas na relação entre Dek e Thia, a androide de meio corpo que ele chama de “ferramenta”.
Entre diálogos à beira da fogueira e missões quase suicidas, nasce uma parceria que foge do clichê, mais sobre aprendizado e empatia do que sobre dominação.

Elle Fanning dá humanidade à personagem, e o contraste com a frieza dos Yautja cria uma dinâmica de “buddy movie” irresistível. É nesses momentos silenciosos que o filme realmente brilha.

3. Um final contido, mas poderoso

Ao contrário dos filmes que explodem tudo no último ato, Predador: Terras Selvagens escolhe o oposto: um clímax íntimo e lógico, onde Dek usa os próprios elementos da natureza de Genna, plantas venenosas, grubs explosivos, vinhas assassinas, para vencer.

O herói aprende a cooperar com o ambiente, e não apenas dominá-lo, encerrando sua jornada. O encerramento é simples, mas entrega o que muitos filmes de ação esquecem: evolução emocional e coerência temática.

3 piores momentos que tiram o brilho do filme

Predador: Terras Selvagens

1. O duelo na caverna

A luta entre Kwei e Dek acaba sendo decepcionante porque o filme não consegue nem o básico: permitir que o público veja o que está acontecendo. A iluminação pobre e o corte excessivo transformam o que deveria ser um momento de tensão em algo borrado.

Isso é particularmente frustrante vindo de um cineasta que mostrou precisão em cenas de combate em filmes anteriores. Resultado: o momento que tinha tudo para elevar o filme fica “apenas ok”.

2 CGI duvidoso

Vários críticos observam que o filme tenta combinar locações práticas com efeitos digitais, mas quando recorre aos dublês digitais/quase-humanos, o resultado afasta o do mundo apresentado.

Exemplos: as trocas de corpo para uma versão CG de Dek ou Thia saltando de alturas absurdas. O problema: esses momentos claramente “não são reais”, porque peso, gravidade, reação física estão errados.

3. Reencontro de Thia e Tessa

O ponto de virada entre Thia e Tessa deveria provocar choque e virar o jogo. Em vez disso, o choque se perde porque tudo é explicado demais. O público já sabia que Tessa era vilã.

Ou seja: num filme que funcionou bem quando “mostrou” em vez de “disse”, esse é o momento em que ele escolhe “conversar demais”. E fãs não gostam de esperar enquanto se explica o óbvio.

Predador: Terras Selvagens está disponível exclusivamente nos cinemas.

 
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