
Um novo estudo publicado pela Universidade do Sul da Califórnia (via The Wrap) aponta que mulheres representam apenas um terço dos personagens nos 100 filmes mais rentáveis do ano passado.
Segundo a pesquisa, intitulada “Desigualdade em 800 filmes”, dos 4.370 de personagens com falas ou que foram mencionados em longas-metragens, 68,6% são masculinos e 31,4% femininos – ou seja, a cada 2,3 personagens, 1 é uma mulher. Esses números não mudam desde 2007.
No entanto, dos 100 maiores filmes lançados em 2015, 32% tiveram protagonistas mulheres, um aumento de 11% em relação ao ano anterior.
Além disso, o estudo revelou que mulheres aparecem em mais cenas sensuais do que homens, com 30,2% personagens contra 7,7% vistos em roupas provocantes, e 29% das mulheres versus 9,5% dos homens envolvidas em cenas de nudez.
“Os resultados revelam que Hollywood é um epicentro da desigualdade cultural”, afirma o autor da pesquisa, o Professor Stacy L. Smith, no site da universidade. “Enquanto vozes que clamam por mudanças têm aumentado em número e volume, existe pouca evidência de que essa transformação tem acontecido nos filmes que vemos e nas pessoas contratadas para fazê-los. Nossos relatórios demonstram que os problemas são generalizados e sistêmicos”, finalizou.
Outros dados preocupantes também foram expostos: menos de 1% de todos os quase 4.400 personagens analisados são identificados como LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais), 2,4% personagens apresentam algum tipo de deficiência e 26,3% dos personagens representam minorias étnicas.