No novo filme da Netflix, Meu Ano em Oxford, a jornada de Anna De La Vega começa como tantas outras histórias jovens, com uma garota americana ambiciosa e um plano de carreira traçado com precisão. No entanto, o que parece ser uma temporada previsível na Inglaterra, se transforma em algo muito diferente do planejado.
No centro dessa transformação está Jamie Davenport, o professor que cruza seu caminho de maneira desastrosa e, aos poucos, se revela como o par romântico da protagonista. A relação entre os dois evolui do incômodo à cumplicidade, impulsionada pela poesia e pelas ruas de Oxford, mas marcada por um segredo devastador.
O que acontece no fim de Meu Ano em Oxford
Na reta final do filme, Anna descobre que Jamie está gravemente doente, sofrendo com um tipo raro de câncer que também tirou a vida de seu irmão. Em vez de seguir com tratamentos agressivos, ele opta por viver plenamente o tempo que lhe resta. Essa decisão gera tensão com o pai e emociona Anna, que passa a questionar a vida que planejava.
Os últimos minutos apresentam uma sequência de imagens que mostram o casal viajando pelo mundo, passando por Paris, Amsterdã, Veneza e outras cidades, enquanto cumprem a lista de destinos sonhados. No entanto, é revelado que isso não passa de uma construção da imaginação de Anna.
Jamie não sobrevive, mas sua morte não é mostrada de forma explícita. A viagem aconteceu, mas Anna a fez sozinha. Assim como Lou, em Como Eu Era Antes de Você, cada local visitado é como honrar a memória de seu amor.
Anna recusa o futuro que havia planejado
Ao longo da história, Anna se mostra determinada a construir uma carreira no mercado financeiro, com uma vaga garantida na Goldman Sachs após o mestrado. Mas o relacionamento com Jamie altera sua visão de mundo, inspirando-a a abandonar a proposta e buscar uma vida mais conectada às emoções, à arte e ao presente.
No desfecho, ela se torna professora de poesia em Oxford, assumindo a mesma disciplina lecionada por Jamie. Ao se apresentar aos alunos com o famoso bolo, a personagem assume a continuidade de um legado, agora sob sua própria perspectiva.
A escolha de Jamie e o conflito com o pai
A recusa de Jamie em prolongar a vida através de tratamentos físicos intensivos se baseia em sua própria experiência com o irmão, que viveu seus últimos dias hospitalizado.
Sem querer repetir esse ciclo, a decisão entra em conflito com a postura do pai, que insiste em explorar todas as possibilidades para mantê-lo vivo. Mas, com o tempo, ele entende que a melhor forma de amar o filho é respeitar sua vontade.
A reconciliação, que acontece quando ele opta por não interferir diante da recaída final de Jamie, marca uma das viradas mais emocionantes do longa, onde a temática da morte é tratada com sobriedade e delicadeza.
A vida que continua
Anna segue em frente, mas leva Jamie com ela, como memória viva. Suas viagens, suas aulas e suas palavras são atravessadas por tudo o que viveram juntos.
Meu Ano em Oxford termina sem reviravoltas espetaculares, mas com uma sensação de delicadeza. É um fim triste, mas também sereno, que traduz bem a mensagem do filme.
Meu Ano em Oxford está disponível na Netflix.