
O universo de Mantis já havia sido preparado em Kill Boksoon, quando a queda de MK ENT alterou o equilíbrio entre os assassinos de elite. Desde então, as alianças e rivalidades passaram a determinar não só quem sobrevive, mas também quem ditaria as regras do negócio. Essa tensão culmina em um confronto decisivo que mistura vingança, ambição e traições.
O filme conduz o espectador a um embate inevitável. Velhos ressentimentos, escolhas equivocadas e a manipulação de interesses externos fazem com que Han-ul, Jae-yi e Dokgo se enfrentem em um duelo que mudaria o rumo da organização e a própria lógica da indústria de assassinos.

O caminho até o confronto final
Após a morte de Min-kyu e Min-hee, a antiga MK ENT perdeu seu domínio, deixando muitos assassinos sem perspectiva. Han-ul, determinado a construir algo novo para si e seus amigos, fundou sua própria companhia. No entanto, para se consolidar, buscou apoio em figuras influentes como Dokgo, seu antigo mentor, e Benjamin, chefe da JB Entertainment.
A aproximação com Benjamin mostrou-se problemática: suas condições eram abusivas e afastaram quase todos, exceto Dong-young. Já a relação com Dokgo foi marcada por cobranças, pois ele queria que Han-ul abandonasse sua empresa para ajudar a reconstruir a MK ENT. Em meio a esses interesses conflitantes, Jae-yi se distanciou de Han-ul e se aproximou de Benjamin, acirrando ainda mais as tensões.
Benjamin, por sua vez, alimentou a rivalidade entre os três. Manipulando vaidades e ressentimentos, ele criou o cenário perfeito para que Han-ul, Jae-yi e Dokgo se destruíssem mutuamente, esperando colher os frutos dessa guerra interna.

Jae-yi em busca de reconhecimento
O passado de Jae-yi teve papel crucial em suas escolhas. Preterida por Min-kyu e expulsa por Dokgo, ela sempre carregou a frustração de não ter sido reconhecida como a melhor. Quando surgiu a chance de enfrentar seus antigos rivais, não hesitou em agarrá-la. Mesmo tendo laços afetivos com Han-ul, sua ambição falou mais alto, transformando a batalha em um acerto de contas pessoal.
Essa decisão refletiu a contradição da personagem: entre a amizade e o desejo de provar sua superioridade, Jae-yi optou pela segunda via. Assim, a luta se tornou não apenas pelo controle da MK ENT, mas também por sua identidade como assassina.

A queda de Dokgo
O desfecho foi brutal. Dokgo, consumido pela inveja e pela necessidade de se tornar o sucessor de Min-kyu, não soube ceder nem encontrar alternativas. A rigidez do personagem, aliada às feridas emocionais mal resolvidas, o levou a uma posição de vulnerabilidade. Jae-yi foi a responsável por derrubá-lo, mas Han-ul, em um gesto que misturava respeito e dever, aplicou o golpe final.
O fim de Dokgo simbolizou a transição definitiva de poder dentro da narrativa. Sua morte abriu espaço para uma nova ordem, liderada justamente por aqueles que ele tentou subjugar.

Relações quebradas e futuros incertos
Apesar da vitória, as feridas emocionais permaneceram. Jae-yi, após derrotar seus rivais, mostrou arrependimento tardio, reconhecendo que talvez tivesse interpretado mal o cuidado de Han-ul. A relação entre os dois, marcada por amizade, rivalidade e possível romance, chegou a um ponto de ruptura.
Ainda assim, um último gesto mostrou que nem tudo estava perdido. Ao assumir o comando da MK ENT sob a tutela da JB Entertainment, Jae-yi terceirizou a execução de Benjamin para Han-ul. O ato sinalizou não apenas a necessidade de eliminar um inimigo comum, mas também uma tentativa de manter algum vínculo profissional.

O destino de Benjamin
Benjamin, o verdadeiro articulador da crise, acabou se tornando alvo de sua própria trama. Sua manipulação foi responsável por acirrar as disputas e, ao final, transformou-o em peça descartável. Embora o filme não mostre explicitamente sua morte, tudo indica que Han-ul cumpriu a tarefa e o eliminou, encerrando de vez seu arco.
Esse detalhe deixa uma brecha interessante: a ausência do corpo permite especular sobre sua sobrevivência, o que pode render desdobramentos em um possível terceiro capítulo.
Assim, o filme encerra sua trama principal, mas mantém viva a chama de uma franquia que pode seguir explorando não apenas o lado sangrento das batalhas, mas também as complexas relações entre personagens movidos por orgulho, ambição e sobrevivência.