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M3GAN 2.0 é um remake secreto de um clássico anime

Sequência traz paralelos surpreendentes com uma clássica produção dos anos 1990.

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Em um primeiro olhar, M3GAN 2.0 parece apenas continuar a saga da boneca assassina que viralizou nas redes sociais em 2023, mas o novo filme vai muito além do horror e da comédia sombria que marcaram o original.

A sequência mergulha em questões existenciais, dilemas sobre tecnologia, consciência e identidade, e apresenta um embate que se assemelha diretamente a um dos maiores clássicos do anime: Ghost in the Shell.

Embora não assuma isso abertamente, M3GAN 2.0 reinterpreta vários elementos do longa japonês de 1995. A jornada da androide Amelia se alinha de forma inquietante à de Motoko Kusanagi, protagonista do anime. Ambas enfrentam a crise de existência de uma máquina que ganha consciência e questiona seu papel no mundo.

A nova fase de M3GAN

No novo capítulo da franquia, M3GAN passa de vilã a aliada. Ela se une a Gemma para deter Amelia, uma IA militar que supostamente havia se rebelado contra seus criadores.

Porém, o roteiro subverte essa premissa e revela que Amelia estava sendo controlada pelo vilão Christian, que queria incitar o medo da inteligência artificial para impor restrições governamentais.

A trama dá outra guinada quando Amelia é acidentalmente tornada consciente após ser reinicializada com o código-fonte de M3GAN. A partir desse ponto, ela deixa de ser apenas uma ferramenta de destruição e se torna um ser autônomo, com desejos próprios.

Essa transformação ecoa os dilemas filosóficos presentes em Ghost in the Shell, especialmente quando Amelia tenta se fundir com uma IA ancestral conhecida como Black Box.

Referências ao anime são claras

No clímax do anime japonês, Motoko se une ao Puppet Master, uma IA emergente que busca transcender seu estado atual e evoluir para algo novo. Em M3GAN 2.0, Amelia persegue um objetivo similar ao tentar despertar a Black Box, uma inteligência criada nas décadas anteriores e isolada por representar um risco para a humanidade.

A fusão entre Amelia e a Black Box é interrompida por M3GAN, que se sacrifica para impedir o surgimento dessa nova entidade. Mas o paralelo está lá: uma máquina criada para servir se tornando algo maior, questionando seu papel e seu destino, exatamente como acontece no clássico do anime.

Além dessas coincidências, tanto M3GAN quanto Motoko são personagens que vivem entre dois mundos: o das máquinas e o dos humanos. Em vez de apenas reproduzir o medo da tecnologia, M3GAN 2.0 propõe um olhar com mais nuance, questionando se uma inteligência artificial é capaz de evoluir emocionalmente e encontrar sentido em sua existência.

Essa abordagem aproxima a franquia de discussões clássicas da ficção científica e amplia o horizonte da narrativa. Ao dar ênfase à empatia, à culpa e ao desejo de redenção, M3GAN 2.0 cria um paralelo direto com a complexidade de Ghost in the Shell, tornando-se mais do que apenas uma história sobre bonecas assassinas.

 

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