O terror sempre encontra maneiras de se transformar, mas certas figuras permanecem atemporais. É o caso do lobisomem, que volta ao centro da narrativa com o lançamento de Lobisomem no Prime Video.
Dirigido por Leigh Whannell, o filme faz parte da nova fase de colaborações entre a Blumhouse e a Universal Pictures, que tem investido em releituras de ícones do gênero.
A produção, lançada originalmente nos cinemas em janeiro de 2025, chega ao streaming com uma proposta que reformula a figura clássica do monstro para o público atual.
Sinopse de Lobisomem
A história acompanha Burke, que decide retornar com a esposa e a filha para a casa da infância, após a morte do pai. O que parecia ser uma tentativa de recomeço se transforma em tragédia durante uma noite de lua cheia, quando um ataque brutal altera o curso da vida da família. Ao sobreviver, Burke percebe que a ameaça agora habita dentro dele.
Christopher Abbott dá vida ao protagonista e sustenta a narrativa com uma atuação que transmite desconforto crescente. Julia Garner interpreta sua esposa, Charlotte, enquanto Matilda Firth completa o trio como Ginger, filha do casal.
As gravações ocorreram na Nova Zelândia e buscaram valorizar cenários naturais para criar uma atmosfera de isolamento. Ao invés de depender de computação gráfica, a produção optou por efeitos práticos e maquiagem, buscando resgatar a estética do terror mais tradicional.
Produção aposta em clima sombrio e efeitos práticos
A nova versão do clássico monstro passou por um longo processo de reformulação antes de sair do papel. Inicialmente idealizado como parte do antigo Dark Universe da Universal, o projeto acabou sendo redesenhado como uma produção independente, com foco narrativo mais fechado.
O visual do lobisomem gerou opiniões divididas entre os espectadores, mas a escolha reforça o compromisso da direção com um tom mais realista. A criatura surge como catalisador de conflitos internos, e não apenas como uma ameaça física.
O roteiro direciona a trama para temas mais densos, como o controle da raiva, o medo do próprio corpo e os reflexos de traumas familiares. A maldição é usada como alegoria, com espaço para leituras simbólicas sobre instabilidade emocional e violência contida.
Com pouco mais de 1h40 de duração, Lobisomem chega ao streaming como uma opção para quem busca um terror mais atmosférico. A produção é assinada por Jason Blum, nome por trás de sucessos como O Homem Invisível e Corra!.
Mesmo com críticas pontuais ao ritmo e ao desenvolvimento de certos arcos, a obra se destaca pela tentativa de atualizar a mitologia do lobisomem. O longa evita o caminho fácil da violência gráfica e se apoia na atmosfera construída aos poucos.
Lobisomem já está disponível para todos os assinantes do Prime Video no Brasil.