Hermione Granger pode até ser lembrada como a “crânio” do trio de protagonistas de Harry Potter, mas quem leu os livros sabe que ela vai muito além disso. Inteligente, corajosa e, às vezes, brutalmente implacável, a personagem teve várias atitudes marcantes nos livros que nunca chegaram às telas do cinema. Agora, com a nova adaptação da saga sendo produzida pela HBO, temos uma oportunidade de ouro: revelar o lado mais ousado, estratégico e até selvagem de Hermione, e finalmente fazer justiça à sua verdadeira essência.
E as expectativas só aumentam: o trio de protagonistas já foi escalado. Dominic McLaughlin será Harry Potter, Arabella Stanton viverá Hermione Granger e Alastair Stout interpretará Ron Weasley. Três novos rostos que vão herdar o peso de personagens icônicos, mas também têm a chance de apresentar versões mais fiéis e profundas desses heróis que marcaram gerações.
6. A maldição de Hermione que desfigurou uma delatora
Nos filmes, Hermione é mostrada como alguém que evita conflitos sempre que possível, mas nos livros ela deixa bem claro: quem trai, paga. Um exemplo disso está em A Ordem da Fênix, quando ela lança um feitiço silencioso em uma lista com os nomes dos integrantes da Armada de Dumbledore. O encantamento era simples, se alguém entregasse o grupo para a diretora Umbridge, sofreria as consequências.
E foi exatamente o que aconteceu com Marietta Edgecombe. A jovem, que nem aparece nos filmes, delata o grupo e acaba com o rosto coberto de furúnculos em forma da palavra “dedo-duro”. Uma atitude fria? Talvez. Mas também extremamente eficaz. Esse momento prova que Hermione consegue usar sua inteligência de forma implacável, algo que a série precisa explorar sem medo.
5. Hermione ajuda a nocautear Snape em plena fúria
Em O Prisioneiro de Azkaban, temos um dos grandes momentos da saga: a revelação da verdade sobre Sirius Black. Na versão cinematográfica, Harry desarma Snape sozinho. Mas no livro, é diferente: Hermione e Rony também participam da ação, lançando feitiços que o deixam inconsciente.
Essa atitude é fundamental para entendermos o espírito de Hermione. Ela valoriza a verdade acima das regras. Ainda que admire a ordem, quando percebe que alguém está agindo com injustiça, ela não hesita em intervir, mesmo que isso signifique atacar um professor. É a coragem de uma verdadeira Grifinória, que os filmes suavizaram demais.
4. A luta incansável pelos direitos dos elfos domésticos
Uma parte crucial do desenvolvimento da Hermione nos livros envolve seu ativismo. Em O Cálice de Fogo, ela cria a S.P.E.W., uma sociedade em defesa dos elfos domésticos. O mais interessante? Nem Harry e Rony a levam a sério. Mas isso não a impede de seguir lutando por aquilo que acredita ser justo.
A ausência dessa trama nos filmes empobrece a personagem, que perde uma de suas camadas mais importantes: o senso de justiça social. Além disso, é por meio desse arco que vemos sua influência direta em Ron, que só começa a mudar sua visão antiquada sobre os elfos graças à insistência dela. Mostrar isso na nova série é essencial para dar a Hermione a complexidade que ela merece.
3. O ataque das aves vingativas
O sexto livro da saga, O Enigma do Príncipe, é recheado de tensões amorosas. Ron começa a namorar Lavender Brown, deixando Hermione de coração partido. Nos filmes, vemos a garota reagindo com mágoa. Mas nos livros? Ela parte para a ação.
Em uma das cenas mais intensas e emocionantes, Hermione conjura pássaros encantados para atacarem Ron. Não é apenas uma cena dramática, é simbólica. É o momento em que ela canaliza sua dor em algo concreto. Uma reação real, humana e que mostra como ela também sofre, também ama e também se decepciona. Essa cena tem que estar na série, com toda a sua intensidade.
2. Hermione derrota Rita Skeeter com uma arma inesperada: chantagem
Pouca gente lembra, mas Hermione travou uma verdadeira guerra contra Rita Skeeter, a jornalista sem escrúpulos do Profeta Diário. Após descobrir que ela era uma animaga não registrada, capaz de se transformar em besouro, Hermione a captura e a prende num frasco encantado, ameaçando sua vida se tentasse fugir.
Mais tarde, em A Ordem da Fênix, ela usa essa informação para chantagear Rita e forçá-la a escrever um artigo verdadeiro sobre a volta de Voldemort. É um momento brilhante, que mostra o quão estratégica e implacável ela pode ser quando a verdade precisa vir à tona. E tudo isso aos 15 anos. O poder psicológico dessa cena é imenso, e a série da HBO precisa aproveitar.
1. O adeus silencioso aos pais
Um dos momentos mais dolorosos da saga, especialmente para quem leu os livros, é quando Hermione apaga a memória dos pais para protegê-los da guerra que se aproxima. Nos filmes, isso já é tocante, mas no livro ela vai além: além de apagar as lembranças, ela envia os pais para a Austrália, em segurança.
É uma atitude extrema, mas que fala muito sobre o amor que ela sente pela família. Ela escolhe se sacrificar por eles, mesmo sabendo que pode nunca mais vê-los. Esse lado mais emocional e sombrio da personagem, que mostra sua maturidade e dor, é um dos pontos altos do livro final, e não pode ser ignorado na nova versão.