A Disney é uma das empresas de Hollywood com a maior capacidade de renovação, adaptando sempre seu conteúdo original para as novas gerações de maneira competente e sutil. É claro que com a passagem de tempo, os temas retratados nos filmes também se modificam completamente. Essa tendência foi confirmada em Frozen 2.
De acordo com o site CBR, mesmo que façam enorme sucesso sob alguns aspectos, os filmes mais modernos da Disney pecam em uma função essencial: a construção de vilões icônicos.
Confira os argumentos apresentados pelo site abaixo!
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Mudança de atitude
Na era clássica dos filmes da Disney, os vilões às vezes faziam mais sucesso que os heróis e heroínas. Os malfeitores adoravam a maldade, e muitas vezes tinham números musicais e personalidades mais cativantes que os protagonistas, como é o caso de Úrsula em A Pequena Sereia.
No entanto, os filmes mais modernos da Disney, começando por A Princesa e o Sapo, não tiveram o mesmo cuidado com a construção dos vilões, que variam de inexistentes a inexpressivos.
Na nova era, a importância dos vilões parece ser tido esquecida. Em Moana, a antagonista Te Ka é mais relacionada à força inexorável da natureza do que às ações malignas de um personagem. Ela faz parte da trama do filme, mas não é dublada por não precisar se comunicar com o público.
No caso de Moana, a falta de vilões icônicos não é tão sentida, já que a protagonista e Maui contam com personalidade cativantes o suficiente para sustentar a narrativa do longa.
Exceções
É claro que exceções à regra existem, e a vilã de Enrolados é uma dela. Gothel ganhou mais foco na trama do longa, e o resultado foi em grande parte aprovado pelos fãs. Infelizmente, a personagem não chega aos pés do carisma de vilãs como Úrsula, Malévola e Scar.
Uma explicação plausível para a mudança narrativa da Disney é o fato de audiências modernas não aceitarem mais vilões que são maus “apenas por serem maus”. O público moderno prefere antagonistas mais desenvolvidos e com motivações interessantes e bem explicadas.
Por isso (e por Angelina Jolie) os filmes live-action de Malévola foram produzidos.
Frozen 2 prova que é possível contar histórias bem construídas sem a presença de vilões. O conflito no centro do filme é bem mais interno e particular, envolvendo a busca de Elsa sobre a origem de seus poderes.