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Filme aclamado da Netflix levanta polêmica na vida real

Pesquisador discute a possibilidade de implantar memórias falsas no cérebro de uma pessoa usando um computador

Filme aclamado da Netflix levanta polêmica na vida real

Há maneiras de realmente nos infiltrarmos no cérebro usando uma ciência mais radical, como visto em A Origem? O aclamado longa-metragem de Christopher Nolan, recentemente disponibilizado no catálogo da Netflix em diversos países do mundo (embora não no Brasil), levanta essa polêmica questão.

As interfaces cérebro-máquina, também conhecidas como interfaces cérebro-computador, facilitam a comunicação entre o cérebro e uma máquina usando sinais elétricos.

A Origem levanta uma questão interessante: poderíamos usar interfaces cérebro-computador para implantar memórias falsas na mente de uma pessoa, enviando sinais elétricos ao cérebro?

Segundo Miguel Nicolelis, a resposta é um definitivo “não”. Nicolelis é o chefe do Laboratório Nicolelis na Universidade Duke. Ele tem trabalhado desde a década de 1990 para mostrar se é “possível ligar cérebros a máquinas”.

De acordo com Nicolelis, para interpretar os sinais dos sonhos das pessoas, você precisaria “ter uma biblioteca de padrões de seus cérebros”. Isso significa saber como um cérebro reagiria a um número infinito de cenários.

“Essa é a razão pela qual eu acredito que não podemos baixar cérebros, ou não podemos carregar conteúdo para cérebros, porque eles funcionam de uma maneira diferente de nossos computadores digitais”, disse o pesquisador à Inverse.

Questão polêmica da vida real

Para o pesquisador, o conceito de A Origem não deveria ser levado tão a sério. Indicando o problema com as notícias falsas nas redes sociais, ele apontou que há outras maneiras mais preocupantes de se manipular o cérebro de uma pessoa.

“Na mídia social hoje, você pode criar notícias falsas que apelam a preconceitos e instintos primitivos do cérebro humano. Acho que estamos levando a ficção científica muito a sério. Enquanto isso, estamos esquecendo as formas massivas de manipular mentes humanas em grande escala”, concluiu.

Como mencionado anteriormente, A Origem recentemente entrou no catálogo da Netflix em alguns países. Infelizmente, o Brasil não foi um deles.

Curiosamente, por aqui, A Origem não está disponível nem pela HBO Max, serviço que é da Warner, o estúdio por trás do longa de Christopher Nolan. Caso você queira assistir ao filme, é possível alugá-lo através de plataformas como YouTube e Google Play Filmes.

 

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