Poucas franquias recentes de terror conseguiram conquistar o público como Rua do Medo. Lançados em sequência desde 2021, os três primeiros filmes chamaram atenção por suas referências diretas a clássicos do terror e por uma narrativa que percorre diferentes épocas sem perder o fio condutor.
O projeto, que parecia se encerrar com a Parte 3, voltou em 2025 para um novo capítulo com Rua do Medo: A Rainha do Baile. Dessa vez, a Netflix apostou em uma história mais isolada, afastando-se dos personagens centrais da trilogia original.
Apesar disso, o novo longa ainda carrega o selo da franquia e provoca comparações inevitáveis com os títulos anteriores. Com quatro filmes no total, é possível identificar o que funcionou melhor em cada um deles e o que deixou a desejar.
4. Rua do Medo: A Rainha do Baile (2025)
Primeiro filme da franquia sem ligação direta com a maldição de Sarah Fier, Rua do Medo: A Rainha do Baile opta por uma narrativa mais autônoma. A trama gira em torno de um baile escolar que vira palco de uma série de assassinatos, com um novo grupo de adolescentes lidando com os mistérios por conta própria.
Apesar de tentar resgatar a atmosfera dos slasher dos anos 90, o longa não atinge o mesmo impacto dos anteriores. Há uma tentativa de conectar o enredo à mitologia original, mas essa conexão fica superficial e pouco explorada, fazendo com que o filme pareça mais um derivado do que uma continuação legítima.
3. Rua do Medo: Parte 2 – 1978
Com uma ambientação no acampamento Nightwing, o segundo filme mergulha em uma estética slasher clássica, evocando títulos como Sexta-Feira 13. A história foca em duas irmãs marcadas pela tragédia enquanto o local se transforma em um verdadeiro campo de batalha.
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A brutalidade das mortes e a atmosfera retrô funcionam bem, mas o ritmo irregular e o foco disperso em certos personagens enfraquecem o impacto da narrativa. Ainda assim, o filme é essencial para expandir o passado sombrio de Shadyside e aprofundar a origem da maldição.
2. Rua do Medo: Parte 1 – 1994
Responsável por apresentar o universo de Shadyside e estabelecer o tom da trilogia, o primeiro filme consegue equilibrar nostalgia com inovação. Com referências claras a Pânico e outras obras dos anos 90, a história acompanha um grupo de adolescentes tentando entender e sobreviver à onda de assassinatos em sua cidade.
O roteiro inteligente e a direção de Leigh Janiak criam uma introdução eficaz e cheia de tensão. Embora não revele todos os mistérios, o filme cumpre bem seu papel ao deixar o público curioso pelo que vem a seguir e estabelecer conexões entre os personagens e os eventos sobrenaturais.
1. Rua do Medo: Parte 3 – 1666
Encerrando a trilogia original com ousadia, a Parte 3 leva o público de volta ao século XVII para revelar a origem da maldição de Sarah Fier. A mudança radical de cenário e o uso do mesmo elenco em novos papéis inovaram na criatividade ao tempo em que reforçaram os laços entre os personagens ao longo dos séculos.
Ao unir o terror histórico com elementos de drama e mistério, o filme oferece um desfecho bem construído. Além disso, ao retornar ao presente para concluir a narrativa iniciada em 1994, a produção costura todos os fios da história com consistência e propósito, consolidando-se como o ponto alto da franquia.
