
O cinema de ficção científica sempre teve um fascínio especial por futuros distópicos, máquinas conscientes e jornadas emocionantes. Desde os clássicos que marcaram a história do gênero até produções mais recentes, a ideia de explorar mundos alternativos e suas complexidades segue sendo um atrativo para o público. Agora, a Netflix entra nessa disputa com uma de suas maiores apostas.
A plataforma acaba de estrear The Electric State, novo projeto dos diretores Joe e Anthony Russo, responsáveis por Vingadores: Ultimato. Com um elenco de peso e um orçamento gigantesco, o longa reúne Millie Bobby Brown e Chris Pratt nos papéis principais, e promete uma jornada impactante.
Com um investimento estimado em 320 milhões de dólares, cerca de 1,8 bilhão de reais, The Electric State se tornou o filme mais caro já produzido pela Netflix. O valor coloca a produção no mesmo patamar de grandes blockbusters de Hollywood, refletindo a aposta da empresa em projetos que possam competir com o cinema tradicional e atrair assinantes.
Ao longo dos anos, o serviço já financiou projetos ambiciosos, mas nenhum deles atingiu um orçamento tão elevado quanto The Electric State. Essa decisão da Netflix reforça a tendência das plataformas de streaming em investir cada vez mais em produções originais de grande escala.
Uma trama ambientada em um futuro alternativo
A história se passa em uma versão distópica dos anos 90, onde robôs antes integrados à sociedade humana foram exilados após uma guerra. Nesse cenário, acompanhamos Michelle (Millie Bobby Brown), uma jovem órfã que recebe um robô misterioso, supostamente enviado por seu irmão desaparecido. A descoberta a leva a embarcar em uma jornada pelo sudoeste dos Estados Unidos, acompanhada do contrabandista Keats (Chris Pratt) e de outros personagens peculiares.
Inspirado no livro ilustrado de Simon Stålenhag, The Electric State mantém a essência da obra original ao combinar ficção científica com uma abordagem mais emocional e introspectiva.
Além de Brown e Pratt, o elenco do filme é composto por nomes renomados de Hollywood. Stanley Tucci, Giancarlo Esposito, Ke Huy Quan, Woody Harrelson e Brian Cox são alguns dos atores que participam do projeto. A dublagem dos personagens robóticos na versão original ainda conta com vozes conhecidas, como as de Anthony Mackie, Alan Tudyk e Jenny Slate.
Recepção da crítica
Mesmo com toda a grandiosidade da produção, The Electric State não conseguiu agradar aos críticos. No Rotten Tomatoes, site que compila avaliações especializadas, o longa recebeu apenas 18% de aprovação da crítica especializada, um número preocupante para uma aposta tão ambiciosa.
As críticas apontam que, apesar da estética impressionante e do elenco estelar, a narrativa do filme pode não ter alcançado o nível esperado. No entanto, a recepção do público, que tem 69% de aprovação no site, ainda será um fator determinante para o sucesso do projeto, especialmente considerando que algumas produções criticadas inicialmente acabam encontrando seu espaço entre os espectadores ao longo do tempo.
Se a aposta será bem-sucedida ou não, ainda é cedo para dizer. O fato é que a Netflix não tem medo de arriscar em projetos grandiosos. O impacto da produção no catálogo da plataforma e sua recepção pelo público determinarão se o investimento valerá a pena a longo prazo.
Para aqueles que desejam tirar as próprias conclusões, The Electric State está disponível na Netflix.