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Bullet Train Explosion é o filme-desastre que os fãs da Netflix sempre quiseram

Nova produção da reimagina clássico japonês com foco no suspense.

Bullet Train Explosion é o filme-desastre que os fãs da Netflix sempre quiseram

Por mais que os filmes-catástrofe tenham perdido espaço nos catálogos atuais, eles continuam tendo um apelo particular. Bullet Train Explosion, o novo longa da Netflix, reinventa os acontecimentos do clássico de 1975.

Dirigido por Shinji Higuchi, o mesmo nome por trás de Shin Godzilla e Shin Ultraman, o filme se inspira em The Bullet Train, longa que serviu de base para Velocidade Máxima, de 1994.

A premissa continua a mesma: uma bomba instalada em um trem-bala será detonada caso a velocidade diminua. Mas, diferente do foco tradicional em policiais e criminosos, o novo longa se volta para os passageiros.

Um suspense ancorado na fragilidade humana

Em Bullet Train Explosion, a maior ameaça está no caos que surge entre os passageiros, confinados e sem rota de fuga. O filme dedica boa parte do tempo à equipe de comando do trem e às tentativas de manter a calma e salvar vidas. As autoridades e os terroristas existem, mas integram a história como elementos paralelos.

O que era antes uma disputa entre mocinhos e bandidos se transforma em um estudo sobre comportamento em situações extremas. O roteiro foca nas pequenas escolhas, nos dilemas éticos e nas reações emocionais diante do desespero.

O filme acaba por ser menos um thriller policial e mais um drama de sobrevivência. A tensão se constrói aos poucos, com pausas, silêncios e estratégias improvisadas. Esse deslocamento de protagonismo lembra bastante os trabalhos anteriores de Higuchi, em que o foco está sempre na resposta coletiva ao caos.

O filme acerta também ao explorar os bastidores do comando do trem, mostrando como as escolhas tomadas ali podem custar vidas. As trocas entre os personagens, mesmo quando breves, revelam muito sobre as tensões internas de um cenário que beira o colapso.

Uma nova ideia

Apesar de se apoiar em arquétipos típicos do gênero, como o herói silencioso, o líder em crise ou o passageiro apavorado, Bullet Train Explosion consegue dar espaço para que todos tenham seu momento.

As interações entre eles, especialmente nos momentos de confronto ou colaboração, são um dos pontos altos do filme. É ali que a narrativa se humaniza, permitindo que o público se identifique com medos e escolhas difíceis.

Ainda que não traga soluções complexas para os conflitos que propõe, e que alguns personagens sejam apenas funcionais, o filme não perde o ritmo nem desperdiça a tensão criada.

Bullet Train Explosion pode não ser o mais inovador dos filmes-catástrofe, mas é uma ótima adição na Netflix e consegue inovar em uma gênero que há muito não está em alta.

Bullet Train Explosion chega 23 de abril no catálogo da Netflix.

 
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