O suspense alemão Brick acaba de estrear na Netflix. Ambientado quase inteiramente dentro de um prédio residencial, o filme mergulha o espectador em uma narrativa de sobrevivência e paranoia coletiva.
A história gira em torno de Tim e Olivia, casal que acorda e percebe que o prédio onde vivem foi completamente cercado por uma estrutura de tijolos maciços. Sem sinal de celular, energia elétrica ou qualquer tipo de explicação, eles se veem presos ao lado de outros moradores, tentando entender o que está acontecendo e como escapar daquela situação.
Produzido na Alemanha, o longa conta com direção de Philip Koch, criador da série Tribes of Europa. Koch também assina o roteiro, que mistura elementos de ficção científica e crítica social.
Produção internacional e estreia discreta
Brick estreou hoje, 10 de julho, no catálogo global da Netflix. Antes disso, o filme foi exibido em sessão especial no Festival de Munique, no início do mês. As gravações ocorreram em Praga entre janeiro e março de 2024, reforçando o caráter internacional da produção.
No elenco, Matthias Schweighöfer interpreta Tim, enquanto Ruby O. Fee dá vida a Olivia. Os dois já atuaram juntos em produções como Army of Thieves e mantêm uma química conhecida do público europeu. O elenco também conta com Frederick Lau, Salber Lee Williams e Murathan Muslu.
Visualmente, o longa aposta em uma estética minimalista para reforçar a sensação de confinamento. A direção de fotografia é assinada por Alexander Fischerkoesen, enquanto a trilha sonora fica a cargo de Anna Drubich, que contribui com composições que intensificam o clima de tensão constante.
A recepção inicial tem sido mista. Parte da crítica elogia a construção de clima e o desempenho do casal protagonista. Outros apontam que os personagens secundários carecem de profundidade e que algumas explicações poderiam ter sido mais bem desenvolvidas.
Suspense tecnológico e paranoia coletiva
Aos poucos, os personagens percebem que a barreira que cerca o edifício não é fruto de um desastre natural nem de um ato terrorista. Trata-se de uma estrutura tecnológica avançada, desenvolvida como mecanismo de contenção.
Conforme o grupo busca alternativas para fugir, alianças se formam e se desfazem, desconfianças aumentam, e o isolamento revela o pior de alguns personagens.
O filme não apenas explora o instinto de sobrevivência, mas também questiona até onde alguém estaria disposto a ir para garantir sua própria liberdade.
O enredo se desenrola com ritmo crescente, levando a um desfecho que, embora traga algumas respostas, também amplia o mistério.
Com uma abordagem que combina mistério, ficção científica e crítica social, Brick já está disponível na Netflix.