De uma maneira geral, o que mais faz sucesso nos cinemas são sequências, remakes, reboots ou filmes baseados em algo que já existe. Mas, surpreendentemente, a Apple conseguiu emplacar no ano de 2025 seu maior sucesso de bilheteria até agora: F1: O Filme, dirigido por Joseph Kosinski (Top Gun: Maverick) e estrelado por Brad Pitt. Sua bilheteria global é de US$ 510,8 milhões globalmente. O aclamado drama de corrida desbancou Pecadores e se tornou o original de maior bilheteria do ano.
F1 conta a história de Sonny Hayes (Pitt), que já foi o fenômeno mais promissor do esporte até que um acidente atrapalhou sua carreira. Décadas depois, porém, ele é atraído de volta às pistas por seu ex-companheiro de equipe Ruben (Javier Bardem), dono de uma equipe de Fórmula 1 em dificuldades. Assim, Sonny precisa aprender a trabalhar ao lado de Joshua Pearce (Damson Idris), um novato arrogante e promissor.
A Apple finalmente acertou com F1
A Apple gastou muito mais de US$ 200 milhões para fazer o filme F1. Mas como a empresa vale trilhões de dólares, o principal objetivo não era ganhar dinheiro com bilheteria e sim prestígio no cinema, além de divulgar o serviço Apple TV+. O modelo de negócios da Apple é bem diferente dos estúdios tradicionais de Hollywood.
Mesmo assim, alguns filmes do estúdio com altos investimentos, como Argylle, foram grandes fracassos de bilheteria. Outros, como Napoleão (que arrecadou US$ 250 milhões) e Assassinos da Lua das Flores (US$ 158 milhões), também ficaram abaixo do esperado, considerando seus orçamentos. Mas com F1, a Apple finalmente conseguiu um verdadeiro sucesso.
O ator Brad Pitt, que continua sendo um grande astro, também ajudou a atrair público. Mas o que realmente chamou a atenção foi a proposta de transformar a experiência das corridas em algo parecido com o que Top Gun: Maverick fez com a aviação: colocar o espectador “dentro” do carro, com cenas feitas especialmente para IMAX. A estratégia deu certo e o filme pode chegar perto dos US$ 600 milhões em arrecadação. Por isso, um relançamento em IMAX está sendo planejado para agosto.
Para deixar claro: filmes originais (sem ser sequências, remakes ou baseados em livros ou jogos) estão com dificuldades. Isso não é comum hoje em dia. Por exemplo, Elio, da Pixar, foi um fracasso total, mas mesmo assim é o segundo maior filme original do ano, ficando atrás de F1 e Pecadores, com apenas US$ 138 milhões até agora.
Ou seja, a Apple encontrou uma fórmula rara hoje em dia: um bom elenco, uma campanha que convenceu o público a ir ao cinema e um tema com apelo global. Resultado? Uma vitória de verdade no mundo dos filmes originais.
F1: O Filme está em cartaz nos cinemas.