Quando uma série desperta curiosidade pelo seu enredo, uma das primeiras perguntas do público costuma ser se aquela história foi inspirada em acontecimentos reais. Com A Namorada Ideal, nova produção do Prime Video, não é diferente. O thriller psicológico mergulha em uma relação conflituosa entre uma mãe e a namorada do filho, expondo inseguranças familiares e dilemas morais.
O ponto de partida da trama é o embate entre Laura Sanderson e Cherry Laine, duas mulheres que disputam espaço na vida de Daniel, o elo que as une. O relacionamento entre elas rapidamente se transforma em uma batalha de manipulação, desconfiança e jogos de poder, colocando em risco não apenas os vínculos familiares, mas também a própria sanidade dos envolvidos.
Origem literária
Apesar de parecer próxima da realidade, A Namorada Ideal é uma adaptação de um romance fictício escrito por Michelle Frances. A autora construiu a narrativa como uma exploração das tensões dentro de famílias quando novas relações surgem e alteram o equilíbrio já existente. A versão televisiva foi roteirizada por Gabbie Asher, Naomi Sheldon e Polly Cavendish, mantendo a essência do livro original.
Ainda que seja uma obra de ficção, Frances já revelou em entrevistas que buscou inspiração em relatos reais. Um programa de rádio que discutia a convivência entre sogras e noras serviu como gatilho para desenvolver a trama. Uma das ouvintes, por exemplo, relatou ter sido afastada completamente da vida do filho após ele se casar, situação que chamou a atenção da escritora.
Entre a ficção e a realidade
Esses relatos não foram transportados de forma literal para a narrativa, mas ajudaram Frances a criar personagens críveis e situações plausíveis. O objetivo era mostrar como choques de gerações, diferenças sociais e disputas emocionais podem transformar relações familiares em um campo de batalha.
A autora, que também atua como roteirista, utilizou sua experiência em televisão para intensificar os elementos dramáticos do livro. O resultado foi uma história envolvente, que consegue equilibrar exageros da ficção com pontos de identificação comuns ao público.
Além da inspiração literária, o elenco trouxe referências próprias. Olivia Cooke, que interpreta Cherry, afirmou em entrevista que se conectou ao papel por meio das discussões de classe social, algo presente na sociedade britânica e explorado na série. Já Robin Wright, no papel de Laura, mencionou experiências pessoais como mãe ao dar vida à personagem desconfiada e protetora.
Essas contribuições adicionaram mais camadas à produção, aproximando ainda mais o espectador de situações que poderiam muito bem acontecer fora das telas.