Muita gente se pergunta, em algum momento, o que teria acontecido se tivesse seguido os planos da adolescência. As listas de sonhos que a gente escreve costumam acabar esquecidas em alguma gaveta, mas e se elas voltassem para cobrar seu cumprimento? Essa é a provocação de A Lista da Minha Vida, filme da Netflix que acompanha uma protagonista em busca de redescoberta após a morte da mãe.
Ao longo da história, acompanhamos a transformação de Alex Rose, que precisa cumprir uma série de metas criadas por sua versão adolescente para ter acesso à herança deixada por sua mãe. Mas, com um enredo tão carregado de emoção, surge a dúvida: o filme é inspirado em uma história real?
Baseado em uma ideia real, mas com enredo fictício
Apesar de trazer elementos que soam incrivelmente autêuticos, A Lista da Minha Vida é uma obra de ficção. O filme é uma adaptação do livro The Life List, romance publicado em 2013 pela escritora Lori Nelson Spielman.
A autora, por sua vez, se inspirou em uma experiência pessoal para criar a ideia central da narrativa: ela encontrou uma antiga lista de desejos que escreveu quando era adolescente e se questionou sobre os caminhos que sua vida teria tomado caso tivesse seguido todos aqueles planos.
A partir desse ponto de partida, Spielman construiu a jornada de uma personagem que precisa revisitar seus antigos sonhos e entender o que ainda faz sentido em sua vida atual. Mesmo que os detalhes da história sejam inventados, a sensação de estar desconectado dos antigos objetivos e o desejo de recomeçar com propósito tornam a trama especialmente identificável.
No livro, a protagonista se chama Brett Bohlinger e também recebe a missão de cumprir sua antiga “lista da vida” após a morte da mãe. A versão da Netflix muda alguns nomes e situações, mas a espinha dorsal da história se mantém. Alex Rose, interpretada por Sofía Carson, substitui Brett como protagonista na adaptação dirigida por Adam Brooks.
O que há de real por trás da ficção
Embora os eventos retratados não tenham ocorrido na vida real, Lori Nelson Spielman usou diversos elementos de sua própria história para construir a protagonista. A autora trabalhou como professora domiciliar e também fez trabalho voluntário em abrigos, experiências que foram incorporadas na narrativa de Brett e, posteriormente, de Alex.
O que torna a história tão cativante é justamente essa mistura entre invenção e observação da realidade. A autora se preocupou em abordar temas como luto, amadurecimento e autodescoberta sem transformar a trama em um produto excessivamente dramático. Esse cuidado se manteve na adaptação para o streaming, equilibrando leveza e profundidade.
Sofía Carson também destacou, em entrevistas, como o papel de Alex a tocou pessoalmente. Segundo a atriz, a personagem representa a redescoberta da vida após o luto, algo que muitas pessoas podem se identificar.
Portanto, A Lista da Minha Vida não é baseada em fatos reais, mas sua origem é profundamente entrelaçada com a vida da autora. A inspiração veio de um momento de introspecção, transformado em ficção para inspirar outros a refletirem sobre os próprios caminhos.
A Lista da Minha Vida está disponível na Netflix.