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7 duras realidades ao reassistir Quarteto Fantástico: Primeiros Passos no Disney+

Falhas que passam despercebidas no cinema

7 duras realidades ao reassistir Quarteto Fantástico: Primeiros Passos no Disney+

Quem diria que o tão aguardado retorno da Primeira Família da Marvel deixaria um gosto agridoce na segunda vez? Agora que Quarteto Fantástico: Primeiros Passos chegou ao Disney+, o hype deu lugar a um olhar mais atento, e algumas falhas começam a aparecer.

O elenco continua impecável, a estética é um charme, mas há escolhas que soam apressadas, simplificadas ou até desperdiçadas. Reassistir o filme é como olhar nos bastidores do MCU: fascinante, mas nem sempre bonito.

1. Doutor Destino merecia mais do que uma aparição

Robert Downey Jr. como Victor Von Doom parecia o golpe de mestre do MCU, até o pós-créditos. A cena é boa, mas curta demais. Ver o ex-Homem de Ferro ressurgir como o maior vilão da Marvel seria histórico. No entanto, o filme o trata quase como um rumor.

Doom surge apenas nas sombras, sem falas, sem rosto, sem peso dramático. Uma pena, já que Quarteto Fantástico: Primeiros Passos era a chance perfeita de começar a moldar seu domínio antes de Vingadores: Doomsday. Era o momento de gerar tensão, e não apenas curiosidade.

E pensar que a substituição de Kang por Doom foi anunciada como um “novo rumo” para a Saga do Multiverso. No fim, ficamos com um pós-créditos que promete, mas não impacta.

2. Galactus foi derrotado fácil demais para o vilão que é

O devorador de mundos finalmente apareceu, e com um visual colossal de tirar o fôlego. Mas quando chega a hora da batalha, o temível Galactus é empurrado, literalmente, para um portal. É bom? Nem tanto. Sue Storm salva o dia, mas o clímax perde o peso que o vilão merecia.

A luta começa intensa, mas termina como um empurrão cósmico em câmera lenta. Faltou a sensação de perigo, aquela tensão típica de “não há escapatória”. Aqui, tudo pareceu resolvido rápido demais.

3. A conexão com Thunderbolts ficou no vácuo

Lembra daquela nave misteriosa com o símbolo do Quarteto em Thunderbolts? Pois é, nada disso é explicado aqui. O gancho existia, o público esperava a revelação, mas o roteiro ignorou completamente o crossover. Uma oportunidade perdida para conectar universos.

A ausência da explicação quebra um pouco a imersão. O MCU sempre se destacou por amarrar pontas, e aqui tudo soa desconectado, como se o filme vivesse isolado em uma bolha retrô.

Agora, o mistério da nave fica para Vingadores: Doomsday. Só resta torcer para que a Marvel não esqueça o próprio fio narrativo.

4. Um filme que pedia mais tempo e um vilão esquecido

Com 1h56, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos é curto demais para o que tenta contar. O universo, os personagens, as novas ameaças… tudo corre depressa. E o maior prejuízo é o corte de John Malkovich como o vilão Fantasma Vermelho, que sequer aparece na versão final.

A cena dos super-macacos entrega um vislumbre de algo maior, mas a ausência do vilão corta o impacto. O público sente que havia uma trama ali, e que ela foi simplesmente apagada na edição.

Com 15 minutos a mais, o filme teria respirado melhor. Afinal, o MCU já passou dos 2h30 tantas vezes… por que justamente o reboot do Quarteto teve pressa?

5. O Homem-Toupeira tinha potencial para brilhar mais

Paul Walter Hauser entrega um bom trabalho como o excêntrico Homem-Toupeira, mas seu arco de redenção mal é explorado. Ele aparece, muda de lado e desaparece, tudo em questão de minutos. É o tipo de personagem que precisava de tempo para conquistar o público.

O roteiro até mostra empatia por ele, principalmente nas cenas com Sue Storm, mas tudo acontece sem aprofundar o conflito. O resultado é um personagem que parece maior nos trailers do que no próprio filme.

6. O impacto da morte de Sue Storm se perde

Na primeira vez, a morte de Sue é devastadora. Na segunda, perde força. Sabemos que Franklin Richards vai trazê-la de volta, então o choque se dilui. A cena continua emocionante, mas o suspense desaparece, como um truque revelado cedo demais.

A atuação de Vanessa Kirby é impecável, mas o roteiro não dá tempo para o luto acontecer. Tudo é resolvido em minutos, sem a pausa que a cena merecia. É bonito, mas apressado.

Mesmo assim, o momento continua sendo o coração do filme, só que agora, revendo, a emoção pesa mais pela lembrança do que pela surpresa. Será que o MCU ainda consegue nos fazer chorar de novo?

7. O mesmo erro de sempre: mais um apocalipse cósmico

A Marvel prometeu que o Quarteto traria “um novo tom” ao seu universo. No entanto, no fim das contas, voltamos ao mesmo: ameaças cósmicas, portais gigantes e o planeta prestes a morrer. É espetacular, mas previsível.

Com tanto potencial para uma história mais intimista, ou até de ficção científica pura, o filme cai na armadilha do “fim do mundo outra vez”. É bonito, é grandioso, mas soa repetido.

Mesmo assim, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos continua sendo uma boa diversão. É o melhor filme da equipe em décadas, com estilo, química e coração. Só dói ver o quanto ele poderia ter sido lendário. E aí vem a dura verdade: o “primeiro passo” foi ótimo… mas ainda falta o salto.

Quarteto Fantástico: Primeiros Passos está disponível no Disney+.

 
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