Nos últimos anos, o cinema tem explorado com profundidade a delicada e perturbadora relação entre humanos e inteligências artificiais. Em Blade Runner 2049 (2017), dirigido por Denis Villeneuve, essa fronteira entre o real e o artificial é desafiada quando o replicante K (Ryan Gosling) desenvolve um relacionamento emocional com Joi, uma assistente holográfica criada para atender aos desejos humanos. A relação, embora imaterial, evoca sentimentos reais e complexos, levantando questões sobre afeto, identidade e o que define a humanidade.
Essa temática também foi explorada de forma intensa em A.I. – Inteligência Artificial (2001), projeto concebido por Stanley Kubrick e dirigido por Steven Spielberg. Na história, David (Haley Joel Osment), um androide com aparência infantil programado para amar, busca desesperadamente se tornar um menino de verdade para conquistar o amor de sua mãe humana adotiva. O filme propõe uma reflexão sensível sobre o amor unilateral, a rejeição e o desejo quase infantil da máquina por aceitação e pertencimento.
Outro exemplo instigante é The Machine (2013), dirigido por Caradog W. James. Ambientado em um futuro sombrio de corrida armamentista tecnológica, o filme mostra um cientista que desenvolve uma androide altamente avançada, chamada Ava, com traços emocionais humanos. À medida que a relação entre criador e criatura se intensifica, o limite entre afeição genuína e manipulação programada se torna cada vez mais nebuloso, revelando o potencial devastador de projetar sentimentos humanos em seres artificiais.
Esses filmes não apenas alimentam a imaginação sobre o futuro da tecnologia, mas também funcionam como metáforas das relações humanas contemporâneas. Ao retratar romances entre humanos e IAs, o cinema provoca uma reflexão sobre solidão, idealização do outro e a busca por conexões em um mundo cada vez mais mediado por telas e algoritmos. A pergunta que fica é: se as emoções são reais para quem as sente, importa se o outro lado é feito de silício?
Ela
Em Ela, Theodore (Joaquin Phoenix) é um escritor solitário que adquire um novo sistema operacional para seu computador. Para sua surpresa, desenvolve uma conexão emocional profunda com a voz da inteligência artificial, dando início a um romance improvável.
A trama, sensível e provocadora, mergulha na complexa relação entre o ser humano moderno e a tecnologia. Ao explorar os limites entre afeto e algoritmos, o filme questiona o que realmente significa amar, e ser amado, em um mundo cada vez mais mediado por máquinas. Onde ver: Prime Video.
Ex Machina
Caleb (Domhnall Gleeson), um jovem programador talentoso, é selecionado para passar uma semana na isolada e enigmática residência de Nathan Bateman (Oscar Isaac), o brilhante e recluso CEO da empresa onde trabalha. Lá, descobre que foi escolhido para participar de um experimento pioneiro: testar a consciência de Ava (Alicia Vikander), uma robô com inteligência artificial avançada.
De acordo que a interação entre eles se aprofunda, Ava revela uma sofisticação e sensualidade inquietantes, levando Caleb a questionar as intenções de todos à sua volta, inclusive as suas próprias certezas sobre o que é real, o que é humano e em quem confiar. Onde ver: Prime Video.
Blade Runner 2049
Em Blade Runner 2049, após o colapso causado pelos replicantes da série Nexus 8, uma nova geração de androides mais obedientes é criada para servir aos humanos. Um deles é K (Ryan Gosling), um blade runner encarregado de caçar e “aposentar” replicantes foragidos a serviço da polícia de Los Angeles.
Durante uma de suas missões, ao encontrar Sapper Morton (Dave Bautista), K descobre um segredo que pode mudar o rumo da humanidade: Rachel (Sean Young), uma replicante da geração anterior, deu à luz a uma criança. A revelação de que replicantes podem se reproduzir ameaça desestabilizar a ordem social, levando a tenente Joshi (Robin Wright) a ordenar que K localize e elimine o filho antes que o segredo venha à tona. Onde ver: Prime Video.
O Homem Bicentenário
Em O Homem Bicentenário (1999), uma família americana adquire um robô doméstico chamado Andrew (Robin Williams), projetado para executar tarefas simples do dia a dia. Com o passar do tempo, Andrew começa a demonstrar características inesperadamente humanas, como curiosidade, criatividade e uma personalidade singular.
Fascinado pela complexidade da vida humana, ele embarca em uma jornada comovente em busca de liberdade, identidade e reconhecimento como um ser humano. Sua saga atravessa décadas, questionando os limites entre máquina e humanidade, e refletindo sobre o que realmente nos torna humanos. Onde ver: Prime Video.
A.I. – Inteligência Artificial
Em meados do século XXI, o agravamento do efeito estufa derrete grande parte das calotas polares, submergindo parcialmente cidades costeiras ao redor do mundo. Para lidar com esse colapso ambiental, a humanidade passa a contar com uma nova geração de computadores autônomos dotados de inteligência artificial, conhecidos como A.I.
É nesse cenário distópico que vive David Swinton (Haley Joel Osment), um androide com aparência infantil, programado para amar. Ao ser adotado por uma família humana, David embarca em uma jornada profundamente emocional em busca de aceitação, identidade e, acima de tudo, do amor verdadeiro. Onde ver: Prime Video.
The Machine
Durante a Guerra Fria, o Ministério da Defesa do Reino Unido conduz pesquisas secretas para desenvolver uma arma de destruição avançada. O projeto está sob responsabilidade do engenheiro Vincent McCarthy (Toby Stephens), encarregado de criar um soldado dotado de inteligência artificial autoconsciente.
No entanto, a experiência foge do controle após um vírus comprometer o sistema. O robô, criado para ser a arma definitiva, surpreende ao rejeitar qualquer forma de violência, desafiando seus próprios criadores e levantando questões profundas sobre ética, humanidade e o futuro da guerra. Onde ver: Apple TV+.
IPTV é um sistema que transmite conteúdo televisivo através da internet, em vez dos métodos tradicionais como satélite ou cabo. Teste XCIPTV