Altos e baixos

4 Filmes que retratam personagens com transtorno bipolar

Essa abordagem humaniza os personagens e permite que o público compreenda a profundidade do transtorno, indo além de estereótipos e caricaturas

Cena do filme Sentimentos que Curam
Cena do filme Sentimentos que Curam

Filmes que retratam personagens com transtorno bipolar desempenham um papel importante na conscientização e na educação do público sobre essa condição de saúde mental. Ao retratar os altos e baixos emocionais vivenciados por quem convive com o transtorno, essas obras oferecem uma visão mais empática e realista dos desafios enfrentados pelos indivíduos, contribuindo para a quebra de estigmas e preconceitos ainda comuns na sociedade.

As narrativas geralmente exploram as complexidades da vida dessas pessoas, mostrando não apenas os momentos de euforia e impulsividade característicos da fase maníaca, mas também os períodos de profunda tristeza e isolamento durante os episódios depressivos. Essa abordagem humaniza os personagens e permite que o público compreenda a profundidade do transtorno, indo além de estereótipos e caricaturas.

Além do impacto educativo, esses filmes também provocam reflexões sobre a importância do diagnóstico precoce, do tratamento contínuo e do apoio familiar e profissional. Ao ver a luta por estabilidade emocional retratada de forma sensível nas telas, muitos espectadores conseguem identificar sinais, buscar ajuda ou mesmo desenvolver mais compreensão em relação a alguém próximo que enfrenta esse tipo de condição.

A representação do transtorno bipolar no cinema, quando feita com responsabilidade e pesquisa, pode ser uma poderosa ferramenta de empatia social. Ela amplia o debate sobre saúde mental, incentiva a escuta sem julgamentos e contribui para um ambiente mais acolhedor para aqueles que lidam com transtornos psicológicos.

O Lado Bom da Vida

O Lado Bom da Vida

Após uma série de atitudes impulsivas que deixaram colegas de trabalho assustados, Pat Solitano Jr. (Bradley Cooper) viu sua vida desmoronar: perdeu a casa, o emprego e o casamento. Internado em uma clínica psiquiátrica, ele passa um período sob cuidados médicos até receber alta e voltar a viver com os pais.

Determinado a reconstruir sua trajetória, Pat acredita que pode superar os traumas recentes e até reconquistar sua ex-esposa. No entanto, apesar do comportamento ainda instável, uma reviravolta acontece quando ele é convidado para um jantar por amigos da família. Lá, conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma mulher enigmática e igualmente marcada por perdas, cuja presença inesperada pode transformar o rumo de seus planos — e da sua vida. Disponível no Prime Video.

Sr. Jones (Mr. Jones)

Sr. Jones (Mr. Jones)

Em Mr. Jones, Richard Gere, Lena Olin e Anne Bancroft protagonizam uma emocionante história sobre um homem à beira da autodestruição que encontra no amor uma inesperada chance de redenção. Gere entrega uma performance marcante no papel de Mr. Jones, um homem diagnosticado com transtorno bipolar, cuja intensidade emocional o conduz de momentos de euforia contagiante a abismos profundos de dor.

Durante suas crises, ele pode parecer encantador e espirituoso, mas carrega dentro de si uma luta silenciosa e devastadora. À medida que o filme avança, é no encontro com a psiquiatra interpretada por Olin que surge a possibilidade de transformação — revelando como a empatia, o cuidado e o afeto podem ser fundamentais na jornada pela saúde mental. Disponível para aluguel no Prime Video.

A Teoria de Tudo

A Teoria de Tudo (The Theory of Everything)

Em A Teoria de Tudo, inspirado na biografia de Stephen Hawking, acompanhamos a trajetória do jovem e brilhante astrofísico (interpretado por Eddie Redmayne) desde seus primeiros anos em Cambridge. O filme retrata não apenas suas contribuições pioneiras para a compreensão do tempo e do universo, mas também o romance com a colega Jane Wilde (Felicity Jones), que se tornaria sua esposa.

Aos 21 anos, Hawking recebe o diagnóstico de uma doença motora degenerativa, o que muda completamente sua perspectiva de vida. Com sensibilidade e intensidade, o longa revela como o amor, a ciência e a força de vontade se entrelaçam na luta de um homem contra os limites do corpo — e a favor do poder da mente. Disponível no Prime Video.

Sentimentos que Curam

Sentimentos que Curam

Em Sentimentos que Curam, ambientado na Boston dos anos 1970, acompanhamos a delicada história de Cameron (Mark Ruffalo), um homem diagnosticado com transtorno bipolar, e Maggie (Zoe Saldana), que, apesar das dificuldades, decide construir uma família ao lado dele. Juntos, têm duas filhas, mas os frequentes colapsos emocionais de Cameron acabam tornando a convivência difícil, levando-os a viver em casas separadas, embora mantenham o vínculo familiar.

Em 1978, enfrentando sérias dificuldades financeiras, Maggie decide se mudar temporariamente para Nova York para cursar uma especialização de 18 meses. A única solução possível é que Cameron receba alta do hospital psiquiátrico e assuma os cuidados das filhas sozinho. O filme retrata com sensibilidade o desafio de um pai lidando com sua própria instabilidade emocional enquanto tenta oferecer estabilidade às filhas — e reconquistar a confiança da mulher que nunca deixou de amar. Disponível para aluguel na Apple TV+.