
Para quem ainda acha que cripto é sinônimo de risco, vale olhar os números — e rápido. O volume de pagamentos B2B com stablecoins passou de menos de US$100 milhões por mês em 2023 para mais de US$3 bilhões mensais em 2025. Isso mesmo. E entre tantas soluções surgindo no mercado, como jogos com recompensas instantâneas e modelos digitais eficientes, o conceito por trás de um título como fortune rabbit 2 não está tão distante assim: velocidade, previsibilidade e retorno imediato.
As redes que mais lideram essas transações? Tron e Ethereum. E não é com trocado: estamos falando de operações com ticket médio acima de US$219 mil. Em outras palavras, empresas estão usando stablecoins para liquidar grandes valores — algo que até pouco tempo parecia impensável para ativos digitais. E faz sentido: os ganhos são claros. Transferência em minutos. Custo mínimo. Funciona sábado, domingo e até de madrugada.
Hoje, corporações movimentam cerca de US$23,5 trilhões ao ano em pagamentos cross-border. Só em taxas bancárias, são mais de US$120 bilhões drenados. Stablecoins atacam direto esse ponto: eliminam intermediários, aceleram o processo e aliviam o bolso. E mais do que discurso, já virou prática entre instituições tradicionais — o Bradesco, por exemplo, testou a USDC em exportações e relatou redução de custos operacionais.
E não é só no Brasil. A Citi lançou o Citi Token Services em 2023, após testar pagamentos tokenizados entre Nova York e Cingapura. O objetivo? Reduzir despesas, automatizar com contratos inteligentes e manter o controle. Parece óbvio? Pois é — para muitas empresas, finalmente está ficando.
Do Piloto à Prática: Como Stablecoins Já Estão Funcionando no Mundo Real
Dizer que stablecoins são promissoras é chover no molhado. O interessante, agora, é ver como elas estão realmente sendo usadas no dia a dia de empresas de vários tamanhos — de grandes bancos a indústrias menores. Casos concretos não faltam.
O Bradesco, por exemplo, testou a stablecoin USDC para agilizar exportações e viu resultados positivos de imediato. Menos custos, menos papelada, mais controle. A operação foi possível graças a contratos inteligentes que automatizam etapas do processo e reduzem erros — algo que, para empresas que lidam com margens apertadas, faz diferença no fim do mês.
Outro case relevante foi o da Citi, que em outubro de 2023 criou um sistema próprio para tokenizar depósitos. A ferramenta foi testada em transações internacionais entre Nova York e Cingapura. O objetivo? Substituir parte da burocracia bancária tradicional com liquidação em blockchain — de forma segura, rastreável e eficiente. O resultado agradou tanto que a solução foi lançada comercialmente meses depois.
A movimentação não parou por aí. O Standard Chartered, também em 2023, firmou parcerias para tokenizar recebíveis e facilitar financiamentos a fornecedores. Um passo importante para o setor de supply chain, que costuma sofrer com atrasos e taxas bancárias infladas. E tudo isso aponta para uma convergência que não dá pra ignorar.
No Brasil, o Banco Central já sinalizou que o Drex, versão digital do real, poderá operar junto a stablecoins privadas. O recado é claro: o mercado institucional está ajustando suas engrenagens para funcionar com ativos digitais — e não contra eles.
Nem Tudo É Tão Simples: Os Desafios da Adoção em Escala
Usar stablecoins em pagamentos B2B pode parecer uma solução perfeita — rápida, barata, sem intermediários. Mas nem tudo são flores. Empresas ainda encaram alguns obstáculos técnicos e regulatórios antes de mergulhar de cabeça nesse novo modelo.
Um dos principais desafios é a interoperabilidade entre blockchains. Hoje, stablecoins circulam em várias redes — como Ethereum, Tron e Polygon — mas essas plataformas não “conversam” nativamente entre si. Para resolver isso, projetos como o da Chainlink vêm criando protocolos que conectam diferentes blockchains, facilitando a troca entre moedas digitais e sistemas tradicionais. A ideia é tornar essas transações tão fluídas quanto um pagamento via Pix.
A questão regulatória também pesa. Nos EUA, Europa e Emirados Árabes, governos estão acelerando a criação de normas específicas para stablecoins — incluindo exigência de licenças para emissores e garantias de lastro. Isso traz segurança jurídica, algo fundamental para o mundo corporativo. No Brasil, o Banco Central já incluiu as stablecoins no escopo da supervisão de ativos virtuais. A regulamentação ainda está em construção, mas o sinal é claro: o caminho está sendo pavimentado.
Outro ponto crítico envolve compliance, custódia e infraestrutura mínima. Para usar stablecoins com segurança, a empresa precisa armazenar suas chaves privadas corretamente, integrar os dados à contabilidade e treinar as equipes. Não é nada absurdo — mas também não é plug and play. Justamente por isso, surgiram provedores especializados em pagamento cripto para atender esse mercado B2B com soluções completas.
Apesar de tudo isso, a adoção segue firme. Serviços como o Xoom (PayPal) já usam stablecoins para liquidações fora do horário bancário. E redes como Visa e Mastercard estudam integrar esses ativos diretamente ao backend de suas operações. Ou seja, os obstáculos estão sendo enfrentados com tecnologia, adaptação e — talvez o mais importante — pragmatismo.
Quando Praticidade Fala Mais Alto: O B2B Já Mudou de Rumo
Na prática, a questão nem é mais se stablecoins funcionam para B2B — a pergunta é por que ainda há empresas que não estão usando. Grandes ou pequenas, muitas já enxergam os ganhos operacionais com clareza: agilidade, custo menor e controle direto das transações.
Empresas relatam que pagamentos internacionais fora do expediente bancário viraram algo trivial. O dinheiro chega rápido, sem taxas inesperadas, e com menos papelada. Tudo isso com uma infraestrutura enxuta — integração contábil, gestão básica de carteiras e algum treinamento interno. Nada fora do alcance.
Hoje, em várias operações entre empresas, usar stablecoin já é tão comum quanto mandar um e-mail. Rápido, prático e — principalmente — cada vez mais difícil de ignorar.