Mais de 60 anos após sua morte, Marilyn Monroe é até hoje uma das estrelas mais icônicas de Hollywood. A atriz foi imortalizada em filmes, programas de TV, música e na estética da atualidade, e seu legado será para sempre influente no mundo do entretenimento.
A maioria dos admiradores de Marilyn Monroe conhece a atriz por sua beleza e imagem sexy, que na verdade eram reflexos de uma vida repleta de traumas – que terminou muito antes da hora.
Uma das partes mais curiosas – e controversas – da vida de Marilyn Monroe envolveu o fato da estrela de Hollywood ter sido monitorada por agentes do FBI por vários anos.
Mas afinal de contas, por que isso aconteceu? Confira abaixo todos os motivos!
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Marilyn vermelha?
Muitos fãs acreditam que Marilyn Monroe foi monitorada pelo FBI por seu affair com o presidente John Kennedy. Na verdade, a vigilância da agência governamental começou muitos anos antes da estrela conhecer o político, e aconteceu principalmente por suas posições políticas.
A ideologia política de Marilyn Monroe não era exatamente comum na Era de Ouro de Hollywood.
Nascida em 1926, Monroe alcançou a maturidade logo após o término da Segunda Guerra Mundial, época em que os Estados Unidos passaram a ficar extremamente preocupados com a disseminação do comunismo – visto como uma ameaça ao ‘american way of life’.
Em direta oposição às personagens ingênuas que interpretava na telona, Marilyn Monroe se interessava muito por política e tinha opiniões bem definidas sobre os principais temas de sua época.
No livro “Da Direita à Esquerda”, escrito pelo ativista exilado Frederick Vanderbilt, Marilyn Monroe “defendia completamente a igualdade entre negros e brancos e movimentos dos direitos civis”.
Como é de praxe com políticas progressistas, as crenças de Marilyn Monroe eram vistas como “de esquerda” pelos principais políticos americanos.
Vanderbilt ainda afirma que o monitoramento do FBI sobre Marilyn Monroe começou devido “à admiração da atriz pelas reformas que aconteciam na China e seu ódio ao Macartismo e ao diretor do FBI J. Edgar Hoover.
Para quem não sabe, Macartismo é o nome dado à prática de se acusar alguém de subversão ou traição sem provas. O termo remonta à paranoia americana em relação ao comunismo e a “caça às bruxas” promovida pelo senador Joseph McCarthy.
Aumentando ainda mais as suspeitas sobre Monroe, o marido da atriz também se posicionava contra a ação abusiva do governo americano.
O arquivo do FBI sobre Marilyn Monroe foi divulgado em 2012, e confirmou as afirmações de Frederick Vanderbilt.