Quem diria que, depois de mais de mil episódios, One Piece finalmente tomaria uma decisão que pode mudar tudo? A Toei Animation confirmou que, a partir de 2026, o anime deixará de ser semanal e passará a ser sazonal, com pausas entre os arcos.
Uma decisão que pode mudar o rumo de One Piece
LEIA TAMBÉM
Se existe uma palavra que causa arrepios nos fãs de anime, é “filler”. Naruto, Dragon Ball Z, Bleach, todos sofreram com isso. E One Piece não escapou. Por anos, o anime precisou “encher linguiça” para não alcançar o mangá, criando episódios lentos e cenas esticadas.
Mas agora vem a surpresa: a Toei anunciou que One Piece vai adotar o formato de duas temporadas por ano, com cerca de 26 episódios no total. Ou seja, adeus ao modelo semanal infinito. Essa pausa entre os arcos permitirá que a equipe respire, melhore a animação e siga o ritmo do mangá.
O produtor Ryuta Koike afirmou que a decisão é estratégica para “evoluir a série”. E convenhamos, após tanto tempo, One Piece merecia essa mudança. Será que o anime mais longo da história finalmente vai se tornar o mais dinâmico também?
O maior vilão da série sempre foi o ritmo
Quem assiste One Piece há anos sabe: o problema nunca foi a história, mas o ritmo. O enredo de Eiichiro Oda é rico, emocionante, cheio de reviravoltas, só que o anime, muitas vezes, parecia andar em câmera lenta. Um episódio inteiro podia mostrar cinco minutos de ação.
Essa lentidão afastou novos fãs e fez muita gente preferir o mangá. Cenas repetidas, pausas dramáticas longas demais, e aquela sensação de que “nada aconteceu” mesmo após 20 minutos.
Por isso, o novo formato pode ser um divisor de águas. Se os episódios ficarem mais concentrados e fiéis ao mangá, teremos batalhas intensas e bons momentos sem perder o impacto.
Egghead Island já mostrou o que o futuro promete
Curiosamente, One Piece já vinha dando sinais de mudança. O arco de Egghead Island, atual na linha do tempo do anime, trouxe episódios com qualidade cinematográfica e ritmo muito mais ágil.
Basta lembrar do episódio 1015, dirigido por Megumi Ishitani, considerado um dos melhores da história do anime. Esse novo estilo mostrou que a Toei pode entregar algo digno da grandeza de One Piece quando tem tempo e liberdade criativa. Os enquadramentos são mais ousados, a animação é fluida e a emoção dos personagens salta da tela.
Com o formato sazonal, esse padrão pode se tornar o novo normal. Menos episódios por ano significam mais dedicação a cada um deles. E quem não quer ver Luffy, Zoro e Nami com visuais de cinema e batalhas dignas da nova era do anime?
Um futuro promissor antes do fim
Vale lembrar: One Piece está entrando em sua reta final. O próximo arco, Elbaph, faz parte da chamada “saga final” do mangá. E nada mais justo do que encerrar essa jornada com a melhor qualidade possível.
Além disso, a Netflix e o estúdio WIT (o mesmo de Attack on Titan) estão preparando um remake chamado The One Piece, que adaptará a história desde o início com ritmo mais enxuto. Ou seja: teremos dois grandes projetos coexistindo, um encerrando o original, e outro recontando tudo para uma nova geração.
Para os fãs, é um momento histórico. Pela primeira vez, parece que One Piece vai poder ser apreciado sem a pressa e o cansaço de antes. Uma despedida digna da obra-prima que moldou o anime.
