Kim Alsup, coordenadora de produção de Dahmer: Um Canibal Americano, viralizou no Twitter quando revelou que foi “tratada horrivelmente” no set de filmagens.
Alsup escreveu que era uma das duas únicas pessoas negras no set, e outro membros da equipe à chamavam pelo nome da outra pessoa com frequência.
“Eles ficavam me chamando pelo nome dela. Nós duas tínhamos tranças, ela tinha pele escura e 1,72 m. Eu tenho 1,65.” Alsup escreveu no Twitter. “Trabalhar nisso levou tudo que eu tinha, como eu fui tratada horrivelmente. Eu olhei para a personagem preta de forma diferente também.”
A coordenadora postou o tuíte no dia 18 de setembro, dois dias antes de Dahmer estrear na Netflix e, apesar das polêmicas, subir ao topo das séries mais assistidas do streaming.
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Alsup duas semanas depois
No dia da publicação desta matéria, Alsup falou mais sobre sua experiência em uma entrevista ao Los Angeles Times. Ela disse que não assistiu a série, porque poderia ser gatilho para ela.
“Eu só sinto que isso iria trazer memórias demais de trabalhar naquilo. Eu não quero essas situações es estresse pós-traumático.” Disse Alsup. “O trailer em si já me deu uma crise, e é o motivo que me levou a escrever aquele tuíte, e eu não pensei que ninguém ia ler.”
A coordenadora de produção, que também trabalhou em Grey’s Anatomy, Inventando Anna e Querida Gente Branca, chamou a produção de exaustiva e adicionou que: “Foi uma das piores séries que eu já trabalhei. Eu estava sempre sendo chamada pelo nome de outra pessoa, a única outra garota preta, que não parecia nada comigo, e eu aprendi os nomes dos 300 figurantes.”
Na entrevista ao Times, Alsup também disse que a produção de Dahmer não tinha especialistas em saúde mental disponíveis, o que ela acha que acabou sendo uma causa para o ambiente de trabalho terrível. A Netflix não fez comentários sobre o assunto.
Dahmer está disponível na Netflix.