A Netflix é atualmente a líder no mercado das plataformas de streaming. A competição está cada vez mais acirrada com o lançamento de oponentes importantes, e a empresa terá que fazer de tudo para se manter no topo da “cadeia alimentar”.
Mesmo sendo uma empresa querida no mundo todo e tendo mudado a cara do entretenimento e a maneira como consumimos conteúdo, a Netflix conta com algumas polêmicas e escândalos chocantes em sua história.
O site Cracked.com listou algumas coisas que a Netflix não quer que você saiba; confira abaixo.
Pseudociência
A Netflix já foi bastante criticada por promover e dar voz a teorias de pseudociência e de conspiração, que podem influenciar o comportamento do público e criar problemas físicos no mundo real.
A plataforma fechou contrato com a empresa Goop, de Gwyneth Paltrow para a produção de séries e documentários. A companhia já foi duramente criticada por vender produtos de saúde e bem estar supostamente “milagrosos” sem nenhuma base científica.
Também houve o caso do documentário What The Health, uma produção vegana que alega, sem mostrar provas, que comer um novo equivale a fumar 5 cigarros, beber leita causa câncer e que grandes organizações de saúde escondem esses fatos da população.
Finalmente, a Netflix foi detonada por exibir Root Cause, um documentário que afirma (sem provar) que tratamentos dentários de canal causam câncer e Heal, uma série que garante que qualquer doença, incluindo o câncer, pode ser curada com “pensamento positivo”.
Trabalho
De acordo com uma matéria publicada em 2018 no The Wall Street Journal, a cultura empresarial da Netflix é bem menos progressiva e engraçadinha que a presença da companhia nas redes sociais. Segundo a matéria, trabalhar na Netflix é como “estar em uma rinha bilionária de cachorros, na qual todo mundo passa seu tempo criticando e apunhalando pelas costas os colegas”.
Supostamente, gerentes eram obrigados a eleger os funcionários mais “leais” e outros com grandes riscos de serem demitidos. Se não aceitassem, eles mesmos iriam para o olho da rua. Além disso, supostamente exista um software que permitia que os funcionários denunciassem anonimamente qualquer um para os superiores, o que aparentemente criava um clima de medo e vigilância.
E quando alguém era demitido, um e-mail em massa era enviado com todas as falhas e defeitos dos ex-funcionários.
Algoritmo
Para a Netflix, quantidade é melhor que qualidade. A companhia pretende manter os assinantes viciados em um catálogo infinito que se renova a cada dia. Não é um bom negócio para o serviço de streaming investir em uma segunda ou terceira temporada de séries com base de fãs estagnadas. É de partir o coração, mas essa é a lógica do mercado.
Outro precedente fator atuando em favor da Netflix é sua cláusula de exclusividade com conteúdo original. De acordo com o site Deadline, o contrato padrão atual da Netflix inclui um artigo que impede séries canceladas de serem salvar por outras plataformas ou emissoras. É por isso que as séries das Marvel não podem ser transferidas para o MCU.
Basicamente, o que a Netflix quer é novos assinantes. Séries que conseguem atrair novas contas para a plataforma são favorecidas, enquanto outras são canceladas mesmo tendo conquistando uma parcela importante da audiência. Se essa parcela não tende a aumentar, não faz sentido para a Netflix investir seus recursos.
Censura
Em 2018, a Netflix lançou a série Patriot Act, na qual o jornalista Hasan Minhaj aborda um tópico específico toda semana. No segundo episódio, o apresentador discute o relacionamento dos Estados Unidos com a Arábia Saudita, especificamente como o país apoia a nação do Oriente Médio mesmo após diversos crimes de guerra no Yêmen.
O episódio também aborda o assassinato e desmembramento do jornalista Jamal Khashooggi, do Washington Post. As críticas ao governante Mohammad bin Salman eram claras.
A Casa de Saud, representante do governo saudita, exigiu que a Netflix deletasse o episódio, pois ele teria violado uma lei de “fake news”. Nesse caso, “fake news” significa qualquer coisa que o governo saudita não aprova.
A plataforma aceitou alegremente a exigência do país. O CEO Reed Hastings defendeu a atitude afirmando que “a Netflix não está no ramo da verdade, mas do entretenimento”.