A primeira temporada de Lázaro, nova série de suspense criada por Harlan Coben para o Prime Video, chegou ao fim entregando respostas impactantes e deixando ainda mais perguntas no ar.
Desde o primeiro episódio, a trama acompanha Joel Lazarus (Sam Claflin), um homem atormentado pelo passado, que retorna à cidade natal após o aparente suicídio do pai, Jonathan (Bill Nighy).
O que começa como uma jornada de luto rapidamente se transforma em uma espiral de visões, delírios e mistérios familiares que culminam em um final surpreendente.

O segredo Jonathan Lazarus
Ao longo da temporada, Joel tenta entender a conexão entre a morte do pai e os assassinatos de três pacientes dele: Cassandra, Harry e Imogen. Inicialmente, tudo indicava que um serial killer estava por trás dessas mortes, mas o último episódio revela uma verdade muito mais perturbadora, onde o próprio Jonathan é o assassino.
Após perder a filha, Sutton, em um crime brutal, Jonathan entra em colapso emocional e passa a acreditar que estava “libertando” pessoas que considerava mentalmente irrecuperáveis. Suas vítimas eram pacientes que ele julgava condenados a repetir ciclos de dor e violência, e suas ações eram justificadas sob a falsa ideia de “salvação”.
Com a ajuda da detetive Alison Brown, a quem manipulava com falsas provas, Jonathan conseguiu encobrir seus crimes, incriminando outros (entre eles, um abusador, um pedófilo e até um serial killer). O desfecho une todas essas pontas, mostrando como ele construiu uma rede de mentiras que acabaria destruindo sua própria família.

A morte de Jonathan e o papel de Alison
No início, tudo levava a crer que Jonathan havia sido assassinado, mas a verdade é que ele se suicidou, incentivado pela própria Alison.
Ao descobrir os crimes do amigo, ela o confronta e entrega-lhe uma arma, insistindo que ele termine com tudo. Jonathan cumpre o pedido, mas diz ao filho, em uma de suas aparições, que aquilo ainda foi um assassinato, já que Alison não lhe deixou escolha.
A cena é o ponto de virada emocional da série. Ela redefine o olhar de Joel sobre o pai e o leva a questionar a natureza das visões que o atormentam desde o início da história.

Eram fantasmas ou projeções da mente?
Grande parte da narrativa de Lázaro gira em torno das “aparições” que Joel acredita estar vendo – os fantasmas das vítimas do pai, e até da própria irmã. No entanto, o episódio final sugere que tudo pode ter acontecido dentro da cabeça dele.
Jenna, sua irmã, descobre fitas antigas no consultório do pai, nas quais Jonathan havia gravado todas as sessões com seus pacientes. As falas reproduzidas nessas fitas coincidem exatamente com os diálogos que Joel teve com os supostos fantasmas. Isso levanta a hipótese de que ele estava revivendo as memórias contidas nas gravações, confundindo lembranças com alucinações.
Essa revelação reforça a instabilidade mental de Joel, que já havia sofrido um colapso após a morte de Sutton. A série não confirma se as visões eram reais ou apenas manifestações psicológicas, mas deixa claro o trauma da família Lazarus.

O assassinato de Sutton
O caso de Sutton, irmã mais nova de Joel, é o ponto de partida para a decadência emocional do pai e o pano de fundo de toda a trama. Durante a temporada, Joel acredita que sua morte está ligada à série de assassinatos investigados, mas a verdade é bem diferente.
O assassino de Sutton é Sam Olsen, um antigo colega da escola, obcecado por ela desde a adolescência. Em uma noite, após um baile, Sutton flagra o rapaz invadindo seu quarto, e o confronto termina de forma trágica.
Sam a mata acidentalmente, em um ato de violência descontrolada. Essa descoberta oferece algum alívio a Joel e Jenna, mas também explica o colapso de Jonathan, que jamais superou a perda.

Um novo assassino surge
Nos minutos finais, Lázaro entrega seu maior gancho. Joel descobre que seu filho, Aidan, matou Margot, a antiga assistente de Jonathan, com uma foice. A cena deixa claro que o legado sombrio da família ainda não terminou.
O final sugere que Aidan herdou não apenas o nome, mas também os traumas e tendências violentas que atravessam gerações. A violência, que começou com Jonathan e ameaçou consumir Joel, agora se repete na figura do neto, abrindo caminho para uma possível segunda temporada.

