A Netflix está revivendo um dos maiores ícones dos videogames em um formato totalmente novo. Splinter Cell: Deathwatch, série animada inspirada na clássica franquia de espionagem da Ubisoft, chega ao serviço de streaming nesta terça-feira (14) e promete combinar ação, drama e intriga política com o tom sombrio e tenso que consagrou o personagem Sam Fisher.
Com produção da Ubisoft Film & Television e roteiro de Derek Kolstad (criador de John Wick), a animação tem tudo para ser o próximo grande sucesso entre as adaptações de games — seguindo o caminho de produções como Castlevania e Arcane.
Enredo e ambientação
Em Splinter Cell: Deathwatch, acompanhamos Sam Fisher, o lendário agente de operações especiais que marcou gerações de jogadores. Agora mais velho, cansado e afastado da espionagem, ele é forçado a retornar à ativa quando uma jovem agente ferida pede sua ajuda para deter uma ameaça global.
O que começa como uma missão de resgate se transforma em uma conspiração internacional que coloca Fisher diante de fantasmas de seu passado e das consequências de uma vida vivida nas sombras. A série apresenta uma abordagem mais pessoal e introspectiva do herói, revelando o peso emocional de décadas de violência e lealdades ambíguas.
O universo de Deathwatch mantém o clima de espionagem e tensão característico da franquia, com foco em infiltração, tecnologia, moralidade e o preço da obediência — temas que sempre acompanharam as histórias de Sam Fisher.
Elenco e dublagem
A principal mudança da série está na voz do protagonista: Liev Schreiber (de Ray Donovan e Homem-Aranha: Através do Aranhaverso) assume o papel de Sam Fisher, substituindo o icônico dublador Michael Ironside, voz original dos jogos.
O elenco de vozes também conta com: Janet Varney como Anna “Grim” Grímsdóttir, a estrategista de tecnologia da Fourth Echelon; Kirby Howell-Baptiste como Zinnia McKenna, uma nova personagem criada especialmente para a animação; e Joel Oulette como Thunder, jovem agente que serve de contraponto à experiência de Fisher.
Produção e bastidores
Derek Kolstad, conhecido por criar a franquia John Wick, assina o roteiro e a produção executiva. Em entrevista à GamesRadar, ele revelou que a Ubisoft deu apenas duas orientações para o projeto: “ame o personagem” e “respeite a franquia”. Segundo Kolstad, essas diretrizes garantiram liberdade criativa para construir uma história inédita, mas fiel à essência dos jogos.
A direção é de Guillaume Dousse, com co-direção de Félicien Colmet-Daage, ambos do estúdio Sun Creature, responsável pela aclamada série Love, Death & Robots. O visual combina 3D estilizado com texturas sombrias e detalhadas, mantendo a atmosfera de espionagem realista com toques de animação noir.
A Ubisoft descreve a série como um thriller de ação e espionagem “para o público adulto”, prometendo cenas de combate táticas, dilemas morais e uma abordagem madura sobre o envelhecimento e a redenção.
Estilo e tom
Os criadores afirmam que Splinter Cell: Deathwatch não será apenas uma sequência dos jogos, mas uma reinvenção da saga sob uma nova ótica. A narrativa explora temas como isolamento, culpa e a linha tênue entre herói e assassino.
O design de som e as cenas de ação foram cuidadosamente elaborados para manter a tensão clássica da franquia — com o uso característico dos óculos de visão noturna de três lentes verdes, marca registrada de Fisher.
Expectativas e relevância
A estreia marca o retorno de Splinter Cell após mais de uma década sem novos jogos (o último título principal, Blacklist, foi lançado em 2013). Para os fãs, Deathwatch representa não só o renascimento da franquia, mas também uma chance de ver o personagem em um formato mais livre e narrativo.
O showrunner Derek Kolstad já adiantou que a série tem múltiplas temporadas planejadas e poderá expandir o universo de espionagem para além de Sam Fisher, apresentando novos agentes e organizações dentro do mundo de Splinter Cell.
Splinter Cell: Deathwatch está disponível na Netflix, com oito episódios de aproximadamente 22 minutos cada.