James Gunn deu mais um passo na expansão do seu novo universo da DC. O cineasta apresentou oficialmente a Xeque-Mate, uma nova equipe que faz sua estreia no episódio final da segunda temporada de Pacificador. A organização, criada a partir da ruptura com a ARGUS, promete ser a principal força de espionagem e operações secretas do DCU daqui para frente.
A origem da nova equipe
Na trama, o diretor da ARGUS, Rick Flag Sr., se alia à LuthorCorp em busca de um mundo desabitado em outra dimensão, utilizando a tecnologia desenvolvida por Chris Smith (o próprio Pacificador). O plano resulta em uma série de mortes dentro da agência, o que desperta a desconfiança da agente e ciborgue Sasha Bordeaux.
Ao descobrir que o objetivo de Flag é transformar o planeta em uma prisão para metahumanos chamada Salvação, Bordeaux revela o esquema para Emilia Harcourt. A revelação leva o grupo 11th St. Kids — e outros agentes — a romper com a ARGUS, criando uma nova organização para agir de forma independente: a Xeque-Mate.
O novo grupo é financiado com o dinheiro do tráfico que Adrian Chase (Vigilante) escondia em seu porão e idealizado por Leota Adebayo, filha de Amanda Waller. Com o lema “tornar o mundo melhor”, a Xeque-Mate se estabelece como uma agência paralela de espionagem e justiça, com uma abordagem menos autoritária do que a ARGUS.
Inspiração nos quadrinhos
A Xeque-Mate original surgiu nos quadrinhos da DC em 1988, como uma criação de Amanda Waller. A organização funcionava como um braço secreto da Força-Tarefa X (a mesma do Esquadrão Suicida), operando globalmente em missões de espionagem com uma estrutura inspirada em peças de xadrez: o Rei e a Rainha como líderes, Bispos como conselheiros, Cavaleiros como agentes de campo, Torres cuidando da segurança e Peões atuando como base operacional.
Nos quadrinhos, a Xeque-Mate tinha lados Branco e Negro — o primeiro dedicado à inteligência e o segundo às operações secretas —, representando o conflito entre transparência e sigilo. Personagens como Maxwell Lord, Mister Terrific e Sasha Bordeaux chegaram a liderar a organização em diferentes fases, e todos eles agora fazem parte do novo DCU de Gunn.
A presença de Bordeaux na segunda temporada de Pacificador já havia despertado teorias de que a Xeque-Mate seria introduzida, especialmente por sua importância nas HQs como Rainha Negra da organização. A trama também faz referência à saga Salvation Run, em que Waller perde seu posto após enviar supervilões a um planeta isolado — um arco que parece ter inspirado diretamente a nova adaptação.
O futuro da Xeque-Mate no DCU
A introdução da Xeque-Mate abre caminho para novas histórias dentro do DCU. Além de servir como sucessora natural da ARGUS, a equipe pode se tornar uma ponte entre heróis, anti-heróis e operações governamentais, funcionando como uma espécie de “SHIELD da DC”.
James Gunn já confirmou que vários personagens de Pacificador retornarão em futuros projetos do universo, e muitos fãs acreditam que uma série derivada focada na Xeque-Mate deve ser anunciada em breve. Paralelamente, uma série sobre Amanda Waller também está em desenvolvimento, o que pode indicar conflitos de poder entre mãe e filha, já que Leota Adebayo é agora uma das líderes da nova organização.
Há ainda a possibilidade de a Xeque-Mate se envolver em uma missão de resgate, já que Pacificador terminou a temporada exilado no planeta Salvação. A expansão da equipe também pode incluir participações de personagens icônicos como Lois Lane e Mister Terrific, ambos ligados à organização nos quadrinhos.
Com a criação da Xeque-Mate, James Gunn reforça seu plano de unificar as histórias do novo DCU sob uma narrativa coesa e interconectada. A agência surge como um símbolo dessa nova fase — mais política, sombria e ambiciosa —, consolidando Pacificador como uma das peças mais importantes do tabuleiro que Gunn está construindo.
Leia a crítica do final da 2ª temporada
As duas temporadas de Pacificador estão disponíveis na HBO Max.