Sabe aquela sensação de arrepio que você tem toda vez que Tanjiro gira a espada e a respiração da água toma forma em Demon Slayer? Pois é, isso tem nome: Ufotable.
O estúdio japonês virou sinônimo de animação absurda, mas o que pouca gente percebe é que ele vem lapidando esse estilo há anos, muito antes de Demon Slayer dominar o mundo
The Garden of Sinners: Remix – Gate of Seventh Heaven (2009)
Imagine um thriller sobrenatural dirigido como um filme de arte japonês. É assim que The Garden of Sinners começa, uma história sobre assassinatos misteriosos, almas divididas e uma garota com a habilidade (e o fardo) de ver a “morte” nas coisas.
A Ufotable entrega aqui uma direção quase hipnótica, silêncio, névoa, diálogos lentos, cortes rápidos. É a semente do estilo que mais tarde daria vida à estética elegante de Demon Slayer.
Fate/Zero (2011–2012)
Guerra, magia e filosofia, tudo junto e com classe. Fate/Zero mostra 7magos e seus espíritos lendários lutando até a morte pelo Santo Graal. Mas o verdadeiro combate aqui não é só físico: é moral, ideológico. Cada personagem tem uma visão sobre o que significa ser herói, e nenhuma delas é fácil de engolir.
O visual? De cair o queixo. As lutas de Saber, Lancer e Gilgamesh são coreografadas como duelos cinematográficos, com câmeras giratórias, iluminação dinâmica e aquela assinatura “Ufotable” que faz você pausar só para admirar o frame.
Fate/Stay night: Unlimited Blade Works (2014–2015)
Um herói idealista. Uma maga orgulhosa. E um mundo onde as crenças se chocam na ponta da espada. Unlimited Blade Works é mais colorido e emocional que Fate/Zero, mas igualmente intenso.
Shirou Emiya, o protagonista, acredita em justiça absoluta, mas o destino o força a enfrentar seu próprio ideal. A Ufotable se supera aqui: as batalhas parecem dançar. As espadas flutuam como música, as explosões brilham com um tom quase poético.
God Eater (2015–2016)
O mundo acabou. A humanidade luta contra monstros gigantes chamados Aragami, e um pequeno grupo de soldados, os God Eaters, é a última esperança. Com esse enredo de sobrevivência, God Eater entrega ação e emoção de sobra.
O visual é diferente de tudo: a Ufotable arriscou um traço mais digital, com texturas que lembram aquarelas em movimento. O resultado é uma estética ousada, quase experimental, que reforça o clima apocalíptico.
Tales of Zestiria the X (2016–2017)
Baseado na famosa franquia de jogos, Zestiria é o tipo de anime que você assiste de boca aberta, literalmente. A Ufotable recriou o mundo dos Serafins com uma beleza absurda: luzes suaves, céus em tons dourados e magias que mais parecem pinceladas de tinta viva.
A história acompanha Sorey, um jovem puro que sonha em unir humanos e seres espirituais. É uma jornada sobre fé, amizade e o peso de ser um “escolhido”. O visual e o som são de arrepiar, e a trilha sonora dá vontade de fechar os olhos e só ouvir.
Katsugeki TOUKEN RANBU (2017)
Aqui a Ufotable chega perto demais de Demon Slayer, e não é coincidência. Katsugeki TOUKEN RANBU é um anime sobre espadas lendárias que ganham forma humana e viajam no tempo para proteger a história do Japão. É samurai, é drama, é pura elegância.
As batalhas são uma coreografia visual impecável: o brilho das lâminas corta o escuro, os golpes são coreografados como danças, e a direção lembra muito o estilo fluido de Kimetsu no Yaiba.
Todos os 6 animes estão disponíveis na Crunchyroll.