O sucesso de House of Guinness fez da série um dos títulos mais comentados da Netflix no último mês. Em poucos dias, a produção criada por Steven Knight chegou ao Top 10 mundial e recebeu aclamação da crítica, alcançando 90% de aprovação no Rotten Tomatoes.
Com o final da primeira temporada deixando um grande suspense, o público agora se pergunta: o que vai acontecer com os Guinness daqui pra frente?
Arthur Guinness na política
O primeiro ciclo terminou em meio à campanha eleitoral de Arthur Guinness, e a história mostra que esse arco ainda está longe do fim. Na vida real, Arthur foi eleito para o Parlamento de Dublin em 1874, depois de uma tentativa frustrada marcada por acusações de suborno. Ele manteve o cargo até 1880, período que deve ser retratado na segunda temporada.
A produção também criou elementos ficcionais, como a tentativa de assassinato feita por Patrick Cochrane, um evento que nunca aconteceu de fato. A expectativa é que os novos episódios revelem como Arthur sobrevive ao atentado e qual será o destino de Ellen e Patrick após o confronto.
O império nas mãos de Edward Guinness
Enquanto Arthur se aventura na política, o irmão Edward deve assumir o protagonismo empresarial. Na história, Edward comprou a parte de Arthur na cervejaria em 1876 por 600 mil libras (valor que o transformou no homem mais rico de Dublin antes dos 30 anos). A série deve explorar essa negociação e mostrar o crescimento da Guinness Brewery como potência global.
É nesse mesmo período que Edward e sua esposa Adelaide têm seus dois primeiros filhos: Rupert, nascido em 1874, e Arthur Ernest, em 1876. Essas passagens devem marcar uma nova fase da narrativa.
Anne Guinness e o lado filantrópico
A personagem de Anne deve ganhar mais destaque na nova temporada. Historicamente, ela fundou em 1876 o St. Patrick’s Nursing Home, instituição voltada para o atendimento gratuito de idosos e pessoas de baixa renda em Dublin. Além disso, sofria de uma doença neurológica degenerativa, possivelmente Parkinson, o que influenciou diretamente sua atuação social.
A tendência é que a série aprofunde esse lado humano de Anne, mostrando como sua fragilidade física a levou a se dedicar à caridade e à medicina. O contraste entre o poder dos irmãos e a empatia dela promete render uma das tramas mais emocionais da continuação.
Benjamin Guinness e os caminhos em aberto
Entre os irmãos, Benjamin é o mais misterioso. Seu papel na história real é pouco documentado, o que dá liberdade para Steven Knight expandir o personagem com novas reviravoltas. Na série, ele deve continuar sendo o elo instável da família, capaz de provocar tensões e desafiar as ambições dos demais.
Esse espaço para criação permite que Benjamin se torne um dos focos centrais da segunda temporada, principalmente à medida que o legado dos Guinness passa a enfrentar ameaças externas e conflitos internos cada vez mais intensos.
Conflitos políticos e ascensão dos Fenians
Outro ponto que deve ganhar força é o embate com o grupo Fenian Brotherhood, movimento real que lutava pela independência da Irlanda em relação ao domínio britânico. Embora a primeira temporada tenha usado essa organização de forma ficcional, o contexto histórico da década de 1870 oferece terreno fértil para desenvolver novos conflitos.
Com Patrick Cochrane agora envolvido em um atentado político e Ellen dividida entre o amor e a lealdade, a nova fase deve equilibrar intriga, tragédia e expansão do universo histórico. Se seguir o ritmo da estreia, House of Guinness tem tudo para consolidar seu espaço entre as grandes produções de época da Netflix.