Toda vez que a gente acha que Reacher chegou ao limite, Alan Ritchson vai lá e prova o contrário. A terceira temporada foi puro caos organizado, socos, tiros e aquela sensação deliciosa de “um homem contra o mundo”. Mas parece que a 4ª vai transformar isso em outra coisa.
Ritchson contou que o novo ano é “um labirinto de lutas”. Só nas primeiras quatro semanas, foram 11 cenas de combate. Onze! É tanto soco, chute e sangue (falso e real, segundo ele) que dá pra imaginar o set parecendo um campo de batalha.
O que fez da 3ª temporada um marco
A terceira temporada acertou em cheio porque entendeu o básico: Reacher é sobre ação sem frescura. Era um festival de confrontos, mas com uma trama que segurava o ritmo, e aquele duelo final com o Paulie (o grandalhão que fez até o Ritchson parecer pequeno) foi o tipo de cena que a gente pausa só pra rever.
Além disso, O Persuasor, o livro adaptado na temporada, tinha uma pegada mais pessoal, mais sombria. E isso funcionou. O público comprou a ideia de um Reacher que resolve tudo com os punhos, mas também com um senso de justiça que beira o teimoso. Só que agora vem a pergunta: como superar uma temporada que já entregou tudo isso?
A aposta da 4ª: 11 lutas em 4 semanas
A resposta parece ser: fazendo ainda mais. Ritchson disse que está filmando num ritmo absurdo, “cada vez que Reacher vira a esquina, tem um novo grupo atrás dele”.
Traduzindo: o homem vai brigar até com a sombra. E ele ainda brincou que volta pra casa coberto por uma mistura de sangue falso e real. O tipo de frase que só alguém que vive o personagem poderia dizer.
E é esse o ponto. Reacher nunca tentou ser mais do que é. É o prazer simples de ver um gigante calado resolver tudo no braço e isso, quando bem feito, é viciante. A 4ª temporada promete levar essa essência ao limite, sem enrolação, sem discurso bonito.
O novo livro e o novo cenário
Dessa vez, a série adapta Desaparecido para Sempre, o 13º livro de Lee Child, e um dos mais insanos. Tudo começa com um suicídio no metrô de Nova York, mas logo vira uma trama sobre terrorismo e segredos de Estado.
É um prato cheio pra esse tipo de herói: o cara que está no lugar errado, na hora certa, e resolve tudo do jeito mais doloroso possível. Mas tem novidade também: a ação sai de Nova York e vai pra Filadélfia.
Novos becos, novos inimigos, novos ângulos de soco. Essa mudança de cenário dá uma energia diferente à história, mais urbana, mais tensa. E com a cidade como palco, Reacher pode se soltar completamente.
Por que Alan Ritchson garante que será a melhor
Ritchson parece estar vivendo o auge do personagem. Ele sabe que a 2ª temporada deixou a desejar nas lutas (e falou isso abertamente), mas também sabe o que faz a série funcionar: realismo bruto, ação e aquele humor quase involuntário de quem resolve tudo com um olhar torto.
“Estamos elevando as apostas de um jeito que nunca fizemos antes”.
E, pelo tom, dá pra acreditar. A equipe aprendeu com os erros e agora quer entregar uma temporada que seja o “melhor de Reacher”: pancadaria com propósito. Sangue com história. E um herói que não precisa de fala bonita pra ser carismático. Só um bom gancho de direita.
As 3 temporadas de Reacher estão disponíveis no Prime Video.