Você também ficou obcecado com a carta coringa no final da 2ª temporada de Alice in Borderland? Pois é: a série volta em 25 de setembro de 2025 prometendo respostas, e reacendendo a chama por certos rostos que conquistaram o público.
Mapeamos quais personagens os fãs mais querem ver de volta e por que cada retorno faria sentido dentro da nova fase de Alice in Borderland. Respire fundo e venha comigo: a Borderland ainda tem truques na manga.
Shuntaro Chishiya
Frio, calculista e sempre três passos à frente, Chishiya virou um imã de teorias desde que acordou no hospital ao fim da 2ª temporada. A dinâmica dele com Arisu e Kuina trouxe aquela química de “aliança por conveniência” que nunca cai no óbvio. Fala sério: quem não quer ver o mestre dos jogos encarar novas regras impostas pela carta coringa?
Além disso, Chishiya funciona como bússola moral torta da série. Ele não é herói clássico, mas suas decisões expõem as zonas cinzentas que fazem Alice in Borderland ser mais do que “jogos mortais”.
Mesmo sem aparecer no primeiro material promocional, o retorno dele seria a peça que equilibra cabeça e coração na 3ª temporada, e poucos personagens entregam essa tensão como ele.
Hikari Kuina
Kuina ganhou o público por ser afiada e humana ao mesmo tempo. Sempre que a série precisou de um golpe de criatividade, lá estava ela, improvisando, abrindo caminho e lembrando que sobreviver também é sobre afeto. Reencontrá-la traria de volta o fator “time” que tanta falta faz quando a Borderland tenta separar todo mundo.
Também há um fio emocional que merece continuidade: sua trajetória de identidade, força e afeto com os amigos. Kuina representa a vitória da autenticidade em um mundo que premia máscaras. Em uma temporada marcada por perguntas sobre o que é real, deixá-la de fora seria desperdiçar uma das vozes mais necessárias da série.
Suguru Niragi
Niragi é caos puro. Violento, imprevisível e sempre à beira do abismo, ele desafia a empatia do público e, ao mesmo tempo, expõe cicatrizes que não se curam com “final feliz”. Se a 3ª temporada vai encarar as consequências do que aconteceu na Borderland, Niragi é o lembrete ambulante de que traumas não desaparecem quando as luzes se acendem.
Dramaturgicamente, ele é um motor de conflito impecável. A presença de Niragi aumenta a pressão, muda o ritmo das cenas e empurra Arisu para escolhas difíceis. Caso a carta coringa reescreva as regras, quem melhor do que Niragi para testar os limites desse novo tabuleiro? É desconfortável, e justamente por isso é bom.
Morizono Aguni
Aguni carrega Alice in Borderland nas camadas de luto e culpa. A amizade com Hatter, a liderança militar, os tiros, as quedas, tudo nele é sobre peso. Ao sobreviver, ele provou que músculo sem propósito não se sustenta; o que o move hoje é fazer diferente. E convenhamos: em uma temporada que promete respostas, trazer Aguni de volta é aprofundar feridas que a história não pode varrer para debaixo do tapete.
Além disso, Aguni funciona como contrapeso físico e emocional. Ele humaniza a violência, questiona a glória vazia dos “campeões” e dá à série um tom de guerra interna que casa com a maturidade de Arisu. Se a Borderland persistir, literal ou metaforicamente, Aguni é a prova viva de que sobrevivência tem preço.
Akane Heiya
Heiya é a definição de “não subestime”. A personagem atravessou perdas, encarou limites do próprio corpo e seguiu em frente. Sua força não é barulhenta; é persistente. Em uma narrativa que ama colocar pessoas no fio da navalha, Heiya traz novas possibilidades de tensão e estratégia, além de expandir o debate sobre resiliência e adaptação.
Narrativamente, há muito terreno para explorar. A conexão dela com Aguni abre trilhas de confiança e parceria que a série só esboçou. Num retorno marcado por novas regras (alô, coringa…), Heiya pode ser justamente a jogadora que transforma fraquezas em vantagem competitiva, e isso rende cenas que o público adora ver.
Por que esses retornos importam para a 3ª temporada
Alice in Borderland não vive só de jogos; vive dos choques entre personalidade, trauma e esperança. Chishiya, Kuina, Niragi, Aguni e Heiya representam eixos diferentes desse mapa emocional. Juntos, eles criam o equilíbrio perfeito entre mente, corpo, caos, redenção e coragem, um pacote essencial para uma temporada que promete respostas grandes.
E a carta coringa? Ela sugere um embaralhamento geral: novas regras, realidades sobrepostas, talvez até memórias cruzadas. Se o tabuleiro muda, precisamos de peças que já conhecemos para sentir o impacto. Reintroduzir esses personagens não é fan service; é uma escolha inteligente para amplificar drama, risco e catarse.
O que a carta coringa pode mudar no jogo
A imagem do coringa no final da 2ª temporada de Alice in Borderland foi um recado: “a história não acabou”. Em termos de narrativa, o coringa costuma representar o imprevisível, o elemento que vira a mesa quando achamos que dominamos as regras. Isso abre porta para reviravoltas, inclusive para reencontros que, à primeira vista, pareciam improváveis.
Seja qual for a explicação (camadas de realidade, memória, consequência), a presença do coringa convida a série a revisitar e ressignificar personagens que marcaram a jornada de Arisu. E é aí que mora a magia: quando o passado volta, mas com novas perguntas. Porque, no fim, o que mantém a gente assistindo não é o “como”, é o “e agora?”.
Alice in Borderland está disponível na Netflix.