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As Mortas: Final explicado da série da Netflix

Final revela crimes, investigações e as consequências do império

As Mortas: Final explicado da série da Netflix

As Mortas, minissérie mexicana que estreou na Netflix, conduz o espectador pela ascensão e queda das irmãs Serafina e Arcángela Baladro. Em apenas seis episódios, a produção revela como um império de bordéis, construído nos anos 1960, desmoronou diante de crimes, traições e investigações cada vez mais próximas.

A narrativa apresenta as irmãs como figuras calculistas, estratégicas e implacáveis no controle de suas casas. Enquanto Serafina cuidava da disciplina e supervisão direta dos bordéis, Arcángela era responsável pelas finanças e pelos contatos com autoridades corruptas. Essa dinâmica permitiu que expandissem suas operações, mas também plantou as sementes de sua queda.

A ascensão e os primeiros sinais de declínio

O império das Baladro começou com a exploração sistemática de jovens recrutadas ou traficadas. Mantendo bordéis em várias cidades mexicanas, as irmãs manipulavam a lei e subornavam oficiais para manter seus negócios.

Porém, conflitos internos logo surgiram. O envolvimento do filho de Arcángela, Humberto, com o crime organizado terminou tragicamente, obrigando as irmãs a relocarem parte de suas operações para o Casino Danzón e um rancho afastado.

O destino de Blanca, uma das jovens sob controle das irmãs, marca um ponto decisivo. Após um procedimento médico malsucedido, sua morte desencadeia uma série de tragédias: Evelia e Feliza, colegas do bordel, morrem em uma briga por seus pertences. A tensão crescente deixa evidente que a base do império começava a ruir.

Rebelião, vingança e confronto com a lei

À medida que os abusos se intensificavam, as jovens passaram a reagir. Tentativas de fuga, ataques entre elas e represálias brutais aplicadas pelo capataz Bedoya tornaram o ambiente insustentável.

Nesse contexto, Serafina revive um caso antigo com o padeiro Simón Corona. Após ser rejeitada pela terceira vez, ela ordena um atentado contra a padaria dele, provocando investigações que aproximaram ainda mais a polícia de suas atividades.

Em janeiro de 1964, as autoridades avançaram. Ao investigar o atentado contra Simón, policiais descobriram indícios das operações ilegais e corpos enterrados nas propriedades das irmãs. Seguiu-se uma série de prisões, envolvendo Serafina, Arcángela, Bedoya e outros 17 cúmplices.

Prisão, julgamento e epílogo

O julgamento expôs os bastidores do império. Várias vítimas depuseram, detalhando os abusos, confinamentos e abortos clandestinos. Serafina e Arcángela foram condenadas a 35 anos de prisão por homicídio, cárcere privado, tráfico humano e exploração sexual. Seus aliados receberam sentenças proporcionais ao envolvimento.

No epílogo, a série revela o destino dos personagens após a queda: Simón abre uma nova padaria; Eulalia, parente das irmãs, volta a vender doces; e Bedoya mantém influência mesmo na prisão. Já Serafina e Arcángela continuam operando pequenos negócios de dentro da penitenciária, mas sem qualquer perspectiva de liberdade.