Dexter: Ressurreição chegou ao fim mantendo a tradição da franquia de encerrar suas temporadas com uma dose intensa de suspense e moralidade questionável. Ao longo de dez episódios, a série conduziu Dexter por um novo ciclo de confrontos internos e externos, culminando em uma decisão definitiva que reafirma sua identidade.
O último episódio, intitulado “And Justice For All”, mostra Dexter jogando sacos de lixo com restos mortais no mar, repetindo o ritual que marcou sua vida por décadas. A vítima da vez é Leon Prater, o bilionário que se revelou o principal antagonista da temporada, tendo inclusive assassinado Angel Batista no episódio anterior.
A queda de Leon Prater
Antes de morrer, Prater aprisiona Dexter em um cofre subterrâneo que funciona como santuário para seus crimes. Sua intenção era deixar Dexter morrer de fome ali. A situação muda quando Harrison invade o evento beneficente de Prater e ajuda o pai a escapar, após descobrir que Prater estava espionando Charley, o que a faz romper com ele.
Durante o evento, Prater percebe a presença de Harrison e tenta matá-lo. Dexter se entrega como isca, distraindo o vilão tempo suficiente para que Harrison o neutralize com um sedativo. Dexter então encerra a vida de Prater, afirmando que, ao contrário dos outros assassinos reunidos ali, ele ainda segue um código.
Curiosamente, Dexter decide não adicionar Prater à sua coleção de lâminas com sangue. O gesto, aparentemente simbólico, é interpretado por Prater como uma chance de sobrevivência, mas Dexter o desmente com frieza. Para ele, o que Prater fez com Batista o torna indigno até mesmo de ser lembrado.
Novos caminhos para os personagens
A morte de Prater desencadeia outras mudanças. A detetive Wallace descobre a verdadeira identidade do serial killer conhecido como “New York Ripper”, e Dexter, ao deixar o arquivo no cofre de Prater, sabe que isso a manterá ocupada o suficiente para tirá-la de seu encalço temporariamente.
Enquanto isso, Charley abandona Nova York para cuidar da mãe doente em Amherst, levando consigo parte do dinheiro de Prater. Sua história não termina aqui: há indícios de que ela pode se unir a Dexter em caçadas futuras, caso a segunda temporada se concretize.
A relação entre pai e filho também sai transformada. Depois de muitos desencontros e de quase se perderem de vez, Dexter e Harrison encerram a temporada mais unidos do que nunca, abrindo caminho para um novo tipo de parceria.
Possíveis rumos para a segunda temporada
Com o fim de Dexter: Pecado Original, Ressurreição se tornou o principal pilar do universo da franquia. Tudo indica que uma segunda temporada está em curso, e o final deixa diversas possibilidades em aberto. Uma delas é a ida de Dexter para Wisconsin, onde poderia caçar outros nomes da lista de Prater.
Outra opção seria retornar a Miami, especialmente se a morte de Batista levar Miami Metro a cooperar com o NYPD. Isso colocaria Dexter na mira de figuras do passado, como Quinn e possivelmente Tom Matthews, reforçando os laços com a série original.
O que fica claro é que Dexter não pretende mais se esconder. Seja atuando sozinho ou ao lado de Charley e Harrison, ele volta a assumir o papel de assassino metódico e consciente, disposto a eliminar quem acredita merecer esse destino.