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Meu Ano em Oxford: As 3 grandes diferenças entre o livro e o filme da Netflix

Adaptação estrelada por Sofia Carson altera pontos importantes da trama original.

Meu Ano em Oxford: As 3 grandes diferenças entre o livro e o filme da Netflix

A Netflix lançou recentemente o filme Meu Ano em Oxford, protagonizado por Sofia Carson e baseado no romance homônimo de Julia Whelan. A trama acompanha uma jovem americana que viaja para a Inglaterra, onde vive um ano transformador na Universidade de Oxford.

Como ocorre com muitas adaptações literárias, a versão cinematográfica opta por caminhos diferentes em relação à obra original. A premissa central se mantém, assim como o pano de fundo acadêmico e o peso emocional da jornada.

No entanto, vários aspectos ligados à protagonista, à construção do relacionamento com Jamie e ao desfecho da trama foram adaptados para se adequarem melhor à linguagem cinematográfica.

A seguir, destacamos três diferenças marcantes entre o livro e a adaptação da Netflix.

A protagonista e suas motivações

No livro, a personagem principal se chama Eleanor Duran, é natural de Ohio e está em Oxford após conquistar uma bolsa Rhodes. Além das aulas, ela concilia a rotina acadêmica com uma oportunidade de trabalho em uma campanha presidencial nos Estados Unidos.

Além disso, o histórico familiar também é diferente. Ella perdeu o pai em um acidente, e essa perda influencia sua forma de lidar com os sentimentos.

No filme, a personagem se chama Anna De La Vega e vem de Nova York. Ela se matricula em poesia e já tem um emprego garantido no mercado financeiro após o ano em Oxford.

O pai dela está vivo e a narrativa elimina o luto como um dos elementos centrais. A paixão por Jamie também surge de forma mais abrupta, após um encontro cômico no primeiro dia.

O segredo de Jamie e como ele é descoberto

No livro, a desconfiança de Ella sobre o comportamento de Jamie se desenvolve de forma gradual, conforme ela identifica incoerências nas desculpas dele e resolve investigar por conta própria.

A verdade sobre a doença é revelada em uma visita inesperada, num momento mais reservado e delicado. A cena é seguida por um passeio noturno, onde os dois compartilham memórias dolorosas e traumas antigos.

No longa da Netflix, a revelação é mais espaçada e envolve mais personagens. O aviso inicial parte de uma funcionária da biblioteca, e Anna passa a montar o quebra-cabeça a partir de pistas externas.

A relação familiar de Jamie também é modificada, com alterações no nome do irmão e na história com Cecelia. Várias cenas originalmente privadas passam a acontecer em grupo, modificando a intimidade das descobertas.

Final e consequências

O livro termina com um tom esperançoso, ainda que indefinido. Jamie entra em um tratamento experimental, e o casal embarca em uma viagem pela Europa. Ella opta por permanecer na Inglaterra, e o desfecho não oferece garantias, mas sim a esperança de que, apesar dos desafios, eles possam continuar lado a lado.

Já o filme adota um caminho mais simbólico. Jamie decide interromper os tratamentos, e sua morte é apenas sugerida, nunca mostrada explicitamente. A viagem que acompanhamos se revela um misto de memória e projeção, e, no fim, vemos Anna sozinha, visitando os locais que haviam planejado juntos.

A versão cinematográfica fecha a narrativa com uma nota de renascimento. Anna segue sozinha, mas transformada, dando continuidade ao legado afetivo de Jamie. Já o livro opta por um encerramento mais aberto, em que o amor resiste, mas o futuro permanece em suspenso.