A temporada final de Round 6 encerrou a jornada de Gi-hun e muitos dos arcos que acompanharam os três anos de história. Ainda assim, o encerramento da série deixou algumas questões em aberto, tanto sobre os sobreviventes quanto sobre os caminhos que a franquia pode seguir.
Apesar de ter entregado uma conclusão emocional para os protagonistas, a terceira temporada plantou novas dúvidas e pistas que indicam o futuro do jogo fora da Coreia. Os últimos minutos da série, inclusive, apontam para uma possível expansão da história em escala global.
O jogo realmente chegou ao fim na Coreia?
Com o sacrifício de Gi-hun, a destruição da sede dos jogos e o envolvimento das autoridades, parece seguro afirmar que a edição coreana do Round 6 foi encerrada. Mas uma cena final com uma recrutadora americana em Los Angeles indica que a organização pode estar apenas mudando de território.
A presença da personagem misteriosa, interpretada por Cate Blanchett, é um dos sinais mais evidentes de que os jogos devem continuar em outros países. A utilização do mesmo jogo de recrutamento da série original sugere que a dinâmica seguirá a mesma, apenas em um novo cenário.
O que In-ho fará a partir de agora?
In-ho foge da Coreia após entregar os bens de Gi-hun à filha dele e termina sua participação observando discretamente a nova recrutadora em ação. A cena levanta a dúvida se ele pretende impedir a expansão dos jogos ou apenas seguir sua vida longe da organização.
Apesar de ser um dos principais responsáveis pelo funcionamento do Round 6 ao longo da série, o personagem demonstra sinais de arrependimento e humanidade ao longo da temporada. A perda de Gi-hun pode ter sido o estopim para uma mudança definitiva em sua postura.
Por que o jogo de recrutamento não mudou?
Mesmo ambientado em Los Angeles, o jogo usado para atrair novos participantes continua sendo o ddakji coreano. A escolha narrativa pode ter servido para deixar clara a conexão com a trama original, mas também levanta questões sobre a falta de adaptação cultural.
Se os jogos realmente se espalharem pelo mundo, fica a dúvida se outros países também manterão os mesmos elementos estéticos e culturais, ou se novos jogos serão criados com base nas infâncias locais. Por enquanto, o uso do ddakji funciona como um elo direto com a série original.
Jun-ho vai criar a filha da Jogadora 222?
Após o fim dos jogos, In-ho entrega o bebê sobrevivente a Jun-ho, indicando que ele seria a pessoa mais confiável para cuidar da criança. A cena indica que o irmão do Front Man deve se tornar o novo guardião da menina, embora isso nunca seja mostrado explicitamente.
O destino da criança pode ser explorado futuramente, principalmente se a Netflix decidir expandir a franquia em outras produções derivadas. A herança bilionária deixada por Gi-hun também deve influenciar diretamente o futuro da personagem.
Gyeong-seok silenciou sobre os jogos?
Um dos pontos mais intrigantes é a decisão de Gyeong-seok de não expor publicamente o Round 6. Sendo o único participante sobrevivente que não venceu o jogo, seria esperado que ele denunciasse a organização, mas a série mostra o personagem voltando à vida comum como artista de parque.
Essa escolha pode ser interpretada como medo, traumas ou um pacto silencioso. O que chama a atenção é o fato de a opinião pública permanecer alheia à existência dos jogos mesmo depois de tantos acontecimentos graves.
O que acontecerá com a fortuna de Gi-hun?
A filha de Gi-hun recebe o cartão bancário com os 45,6 bilhões de won, mas o impacto desse presente ainda não é sentido. Ela continua vivendo com a mãe e o padrasto, sem ter consciência plena do que recebeu ou do que aconteceu com o pai.
Resta saber se a jovem irá descobrir toda a verdade sobre os jogos e sobre o motivo da morte do pai. Sua trajetória pode servir como um novo ponto de partida para futuras histórias dentro do universo da série.
No-eul conseguiu se reunir com a filha?
A ex-guardas No-eul decide abandonar o jogo e tenta recomeçar a vida, embarcando em um voo para reencontrar a filha na China. A série encerra a narrativa dela com uma cena no aeroporto, sem mostrar se o reencontro de fato acontece.
Considerando o passado doloroso da personagem e sua busca por redenção, o desfecho de No-eul poderia ter sido explorado com mais profundidade. A falta dessa resposta deixa uma lacuna simbólica importante na temporada final.